segunda-feira, 28 de junho de 2010

Se fosse Rugby...

Se fosse Rugby, não era possível. Nunca num Mundial ou em qualquer outro jogo importante que seja tevisto por milhões de pessoas. O primeiro golo da Argentina contra o México, em claro fora-de-jogo, teria sido anulado; o golo invisível da Inglaterra teria sido golo mesmo e o jogo teria sido outro. Ver-se-ia na televisão e em poucos segundos – como todos vimos nas repetições.

Há uma regra que norteia a vida dos campeões: cometem-se sempre erros, nunca se repetem os erros. O golo com a mão que permitiu a vergonha francesa neste mundial deveria ser o erro a não repetir. Não foi. Porquê? Apenas porque do alto da sua arrogância os senhores futeboleiros não estão para isso? Ora, ora…

A pergunta é óbvia: como é possível não recorrer às simples tecnologias que evitam estes erros? A resposta é quase sempre idiota e dada com ar enfadado: os erros são normais e fazem parte da festa futebol.
Esta estupidez, sendo demasiada – embora Cipolla, na sua Primeira Lei Fundamental da Estupidez Humana, nos avise que há muito mais estúpidos do que possamos imaginar – terá a sua razão num qualquer interesse. Só pode.

Pode parecer demasiado duro mas, face ao comportamento das altas instâncias fifaenses, a interpretação não pode ser diferente – e são eles mesmos, os responsáveis que a permitem: o futebol é assim porque dá jeito que assim seja. Cujo corolário será: assim, a corrupção pode ajustar-se aos interesses que se jogam.
E se não gostam de ser vistos assim, têm remédio fácil: não permitam, mudem as coisas e tornem o futebol mais limpo. Seguindo regras que garantam a credibilidade das decisões.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Basílica da Estrela




Lisboa

Tese da minha filha

Está descansado, pai. Nós vamos longe: somos bons no meio - só somos maus no início e no fim.
Se ela tiver razão, a final está garantida...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Lido em A BOLA

Filha de Saramago agradeceu luto A selecção de Portugal apresentou-se com fumos negros em homenagem a José Saramago durante a audição do hino nacional antes do jogo com a Coreia do Norte. Bonito.

Um Vazio de 18 títulos
Aviso aos jovens de Paulo Russo, 38 anos, campeão nacional de pólo aquático por dezoito vezes, internacional: “Que eu sirva de exemplo. Pensem bem nas suas vidas, não tomem opções às cegas. É tudo muito bonito, mas o meu futuro não deixa de ser uma interrogação.”
Para que não se repitam situações idênticas, é necessário garantir que a prática desportiva de acesso ao alto rendimento não impeça a formação escolar em tempo útil – encontrando formas adequadas que permitam a conciliação entre estudos e obrigações desportivas. É uma obrigação da Escola. Sem falsos moralismos.

Ensino do Desporto
Reflexões de Sidónio Serpa, professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana: ”Corre-se o risco de que, no futuro, as Universidades [portuguesas] estejam cheias de docentes com um curriculum repleto de publicações mas com alunos insatisfeitos com as prestações pedagógicas dos seus professores. No que respeita às instituições dedicadas às ciências do desporto, talvez o domínio dos modelos científicos não venha a corresponder à capacidade prática de intervenção. Será que se dará razão a Edgar Cardoso, engenheiro mundialmente conhecido pelas suas pontes, quando dizia que quem sabe de engenharia está nas obras e quem não sabe ensina nas universidades?...”
Pois é e como se sabe ou se deveria saber: na prática, a teoria é outra.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Portugal ganha por 7

Até que enfim! 7-0! Foi bom. Mesmo tratando-se de um adversário de fraco nível, a velocidade que os jogadores imprimiram e que lhes permitiu o número de golos marcados também permite pensar que no jogo contra o Brasil há a obrigação de entrar para ganhar!

José Saramago

O José Saramago morreu. Como diz a Ana, o nosso círculo de amizades e afectos está a ficar cada vez mais reduzido. A memória viva das pessoas, das coisas e dos momentos começa a deixar traços de profunda tristeza. Coisas da idade, claro.
Conhecíamo-nos há tempo suficiente – de muitos jantares, ainda com a Isabel da Nóbrega, na Varina da Madragoa do António Oliveira. Estivemos juntos na campanha à Câmara de Lisboa do Jorge Sampaio quando se candidatou à presidência da Assembleia Municipal. Foi em nossa casa – à Ana, à Maria do Céu e Manuel Alberto Valente e a mim – que nos apresentou com paixão evidente a Pilar del Rio. Conhece-mo-la então em vídeo, vendo uma entrevista. Percebemos a sequência.

Agora ficam-nos os livros e a lembrança de algumas graças como a do “isqueiro da Belimunda” – transparente a mostrar uma flor lá dentro. Um abraço, José.
(A fotografia utilizada - boa e significativa - foi retirada do blogue Virtuália - O Manifesto Global. Com os devidos cumprimentos e em atenção às circunstâncias)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Diferenças

Os candidatos, ganham. Os outros... dizem.

Regra d'ouro

Há uma regra de ouro no desporto: não se apresentam queixumes sobre o adversário quando não se conseguiu ganhar! Soa a desculpas de mau pagador. É feio e de mau carácter.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Feeling

A bola vai começar a rolar para nós. Por mim quero a vitória, quero as vitórias, o passar a fase de grupos o ir à meia-final. O ir à final. O ganhar o Mundial.
Arrasar é o lema da minha emoção.

Mas como treinador sei que as coisas não vão lá só com o meu querer. Para chegar longe, para além de jogar acertadamente, é preciso sorte: que as nossas bolas não batam nos postes, que as bolas deles encontrem sempre a trave. E é preciso uma enorme vontade de vencer, uma capacidade invulgar de alterar as coisas que correm mal. Para o que é necessário que o triângulo da equipa – definição de propósitos, alinhamento de perspectivas e sincronização de movimentos – tenha sido, naquilo que é importantíssima tarefa do treinador, capazmente preparado.

Às vezes, há casos.

Lembro-me de ver Figo – no Portugal-Inglaterra do Euro 2000 – a revoltar-se e a impor uma vontade de conquista aos seus companheiros: com um olhar, com dois ou três gestos, com um golo monumental. E o jogo virou-se com a vitória final de 3-2. O líder dentro do campo transformou uma equipa e conseguiu transformar o momento do grupo num espaço colectivo de equipa de soma superior ás suas partes.

Lembro também – e revi-o há dias – o Portugal-Coreia do Norte de 66 com a extraordinária reviravolta na façanha goleadora de Eusébio mas com a liderança do enorme Coluna e a vontade de olho clínico do Alexandre Baptista. Dentro do campo a vontade dos homens e a auto-confiança que transportavam (salvé Otto Glória e Manuel da Luz Afonso!) transformaram a derrota surpreendente numa vitória memorável.

Que marquemos primeiro! Que nunca soframos um golo antes de marcarmos.

Se for assim, poderemos avançar. Se assim não for, morreremos numa praia qualquer próxima ou longe da Boa Esperança. Porquê? Porque nos falta liderança dentro do campo que permita mudar as circunstâncias. Porque não vejo quem transmita a vontade indomável de alterar a contrariedade. Repito-me: que haja a audácia de ir sempre à frente.

domingo, 13 de junho de 2010

Conselhos

“…conselhos que não são pedidos podem ser considerados gestos hostis.”
Michael Douglas
Pública

De Mao a Piao

Parece um fado. Antigo e sem mudança de letra. Repetitivo.

A solução que os enormes pensantes propõem para a saída da crise do país – dando provavelmente milhões e ficando barata aos neurónios – é fácil: cortar nos salários!

Bravo! Assim, com salários mais baixos a nossa competitividade aumentará, afirmam. Claro! É a cultura de Loja dos Trezentos no seu melhor expoente.

Sorte a nossa, poderemos ser como a China – “dona” da dívida externa dos Estados Unidos e de vida interna cheia de graça e qualidade. Ámen para eles. E para os notáveis pensantes, também - gosto desta malta cheia de soluções e que, pelo que fizeram e não fizeram, têm enormes responsabilidades no estado actual de Portugal. E lembro-me de Andy Wharol e dos seus quinze minutos de fama... é hora de aproveitar.

A música é a mesma e a letra também. Disco riscado? Vira o disco e toca o mesmo? Alguém me lembrou o célebre conceito: a economia é um assunto demasiado séria para ser deixado aos economistas – principalmente dos acertadores da taluda já vencida, acrescento.

Não haverá caminho diferente, mais acertado e mais eficaz, do que de Mao a Piao?

sábado, 12 de junho de 2010

Torre Sineira

  
foto de telemóvel
Igreja de Santa Maria do Castelo
Tavira

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Neste barco?!...

...e o sonho de um fim-de-semana inesquecível, foi-se...
Escaroupim

ABAIXO AS VUVUZELAS! (e quem as apoiar)

Haverá pior do que comprar bilhete de avião, marcar e pagar quartos de hotel, comprar os bilhetes para os jogos, gastar uma pipa de massa para gozar um Mundial de futebol e ficar sentado à frente dum apitador de vuvuzuelas? Só mesmo o azar dos Távoras.
Gosto de ir ao futebol, de aplaudir jogadas, de dar um grito por outro, de me levantar no lugar, mas odeio todos os tipos (e tipas!) que levam buzinas de ar comprimido para os jogos – tenho enorme dificuldade de perceber o gozo de tocar na borrachinha e sair ronco. Palmas, cantares, dizeres, apoios, tudo bem…mas estas inventonas do marquetingue são insuportáveis.


Vuvuzelas, um achado de quem detesta e para quem detesta futebol – como é que se pode gozar o jogo a soprar naquilo?


O que parecia poder resolver-se olhando a televisão sem qualquer som, foi estragado com uma palermice de campanha de marquetingue da responsabilidade da GALP – agora qualquer criança tem o direito, apoiada no olhar embevecido dos paizinhos, de bufar alarvemente o estupor da corneta. E vão chegar-se às janelas para comemorar isto aquilo e mais uma ou outra coisa qualquer…Temo o pior deste Mundial.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ponte Rainha D. Amélia

Ponte rodoviária Rainha D. Amélia sobre o Tejo
Porto de Muge

terça-feira, 1 de junho de 2010

Puxadores e batentes

Lisboa

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