sábado, 26 de maio de 2012

O fotógrafo Jorge Barros

O Jorge Barros é fotografo. Excelente fotógrafo, aliás.

Há umas dezenas de anos estivemos juntos no projecto Resposta, revista cultural e desse tempo guardo ainda as belíssimas fotografias a preto-e-branco que publicamos e então me ofereceu. E continuo atento, aprendendo sempre, à sua forma de fotografar Portugal.

A antiga revista Atlantis da TAP e na altura da EXPO'98 publicou um texto meu, A Praça de Comércio, Uma Praça de Receber, a que a sua visão fotográfica do Terreiro do Paço deu uma chamada de atenção muito especial. Sortes! Foi mais notado do que seria habitual...


Na Sociedade Portuguesa de Autores - SPA - está agora uma sua exposição a que deu o nome de aproximações e que aproxima a visão do continente português das ilhas dos Açores. Para quem gostar de fotografia, paisagem - e há duas paisagens construídas, uma da beirã Piodão, outra da ilha do Corvo, que se aproximam particularmente na regra da ocupação volumétrica e de que gosto muito - ou retrato social, a visita é obrigatória.

Como ele, também gosto muito dos Açores e gosto também muito do seu último livro, As ilhas desconhecidas - capa aqui ilustrada - que, naturalmente, recomendo. Numa edição muito cuidada, o fotógrafo-autor, com o espírito, o espanto, o amor, a técnica, o gosto e a sua interpretação de hoje, ilustra a impressiva descrição que Raul Brandão faz das ilhas açoreanas e madeirenses. A ver e a ler.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cores da Cidade


Lisboa, Chiado


terça-feira, 15 de maio de 2012

Sobreposiçoes





Lisboa, S. Mamede


sábado, 12 de maio de 2012

Santa vidinha






Bernardo Sassetti (1970/2012)

Bernardo Sassetti, pianista e compositor, era um excelente músico - que coisa esta de ter que se utilizar o passado para um miúdo de quarenta e poucos anos... Não é justo, que tristeza!

Embora familiares - relacionava-nos a irmã do meu bisavô, Maria dos Prazeres, que foi casada com Sidónio Pais - conheci-o já nas coisas do jazz, provavelmente no Hot. Deve ter começado com os habituais avisos do Paulo Gil: "é pá, anda aí um puto pianista, o Bernardo Sassetti, bom pra diante (e abanava com certeza as mãos, com a cabeça já meia de esguela e os olhos a brilhar).Tens que ouvir." ...

E gostei de o ouvir, gostei do ar, do talento, do sentido de humor. E lembro-me de que gostei muito da música que soube compôr para o filme do Mário Barroso baseado no O Milagre segundo Salomé de José Rodrigues Miguéis.

Ao longo destes anos fui ouvindo a sua música, gostando mais de umas alturas e menos de outras. Mas reconhecendo-lhe sempre um talento notável.

Percebi das notícias que nos surpreenderam que caiu de uma arriba por causa de algum ângulo fotográfico que procurava - no silêncio que me prendeu ouvi a voz da Ana quase gritada no fundo da memória: tem cuidado, não te chegues mais ... ainda cais. A fotografia... o nosso mundo isolado - nada mais parece existir - no espaço limitado da objectiva

Que se pode fazer a uma perda irrecuperável? Ouvir-lhe a música e guardar-lhe respeito.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Simpatia financeira







Cores da cidade





foto telemóvel
Lisboa, S. Mamede


terça-feira, 8 de maio de 2012

Cores da cidade


Foto telemóvel
Lisboa, Rato





Cores da cidade



Foto de telemóvel
Lisboa, S. Mamede


segunda-feira, 7 de maio de 2012

É justo? Tem futuro?




O meu Pai ensinou-nos - e o meu filho lembra-o muitas vezes - que se é preciso mudar alguma coisa, o momento da mudança é agora!

Encontrei o mesmo conceito no lema da campanha do novo Presidente francês, François Hollande: Le changement c'est maintenant . A que juntou dois princípios - da justiça e da juventude - que enquadrarão a sua política: é justo? tem futuro?

A política da França vai mudar, a política da Europa vai mudar, a vida dos europeus vai melhorar!

Merkozy acabou. A esperança numa condição de vida decente ganha espaço. Hoje, 6 de Maio, é o primeiro dia da mudança.

domingo, 6 de maio de 2012

Ventos do Interesse

O irritante - no sentido indignante - da corrente explosiva que mistura - para se dar ares de pés no tempo - conservadorismo com neoliberalismo é a prepotência com que nos retiram da história e do percurso que reconhecemos das coisas. Como nos entendem por ignorantes apresentam-se, emproados, como descobridores do caminho que a nossa estupidez e ganância colectivas se mostraram incapazes, tão pouco, de vislumbrar. Salvadores da pátria, de nós e do mundo não hesitam em impôr os seus interesses como a regra civilizacional mais salvatícia.

Ouvi em directo a maratona presidencial francesa e pude assistir ao manual mais actualizado dos truques do neoliberalismo que nos é imposto. Cuja primeira regra se cumpre na pomposidade da chamada à colação de conceitos que ninguém rejeita. Conceito com o seu quê de universalidade e que, sem definição do contexto de aplicação, não passa de treta demagógica. Mas que serve, qual receita-milagre, para fazer passar a ideia que assim são obrigatoriamente as coisas, que assim deverão ser e que qualquer outra formulação é estúpida, disparatada e, obviamente, atentória do bem-estar colectivo.

Bem enquadrado nos interesses dos mais poderosos o sr. Sarkozy, em close-up de olhar cúmplice, proclama a universalidade: "temos que aligeirar os custos do trabalho!" Claro! mas alguém tem dúvidas sobre essa necessidade? E para esse aligeirar maioritária e preocupadamente aceite, que propõe o sr. Sarkozy? Mais inovação, maior criatividade nas relações da cadeia de valor, melhores circuitos de distribuição, menos margens e menores desperdícios nas etapas de produção, melhor estrutura da composição de custos, etc.etc.? Não! O sr. Sarkozy com a pesporrência de um iluminado que maravilha a nossa vida, informa a solução: "sempre que houver acordo entre empresário e seus trabalhadores, esse acordo sobrepor-se-á à lei geral existente."

Pronto! na maestria do golpe o sr. Sarkozy torpedeia o Estado de Direito, ignora a história civilizacional da construção das relações dos direitos de trabalho, marimba-se para o desequilíbrio das imposições e dá mãos largas a uma brutal autorização do abuso da condição de necessidade. Um fartote ... no melhor interesse das normalidades neoliberais.

sábado, 5 de maio de 2012

Muito agradecidos



foto telemóvel c/flash
fachada de supermercado, Lisboa

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dia do Trabalhador

O 1º de Maio é o Dia do Trabalhador.



1º Maio 1976
Os portugueses estão preocupados, naturalmente e cada vez mais, com o número de desempregados que todos os dias parece aumentar para números insustentáveis. E temem, neste contínuo de desesperança, que a sua vez esteja para breve.

A inversão da situação é o desafio essencial que se coloca ao país - sem que haja quem possa esconder-se atrás da situação ou por achar que faz o melhor que pode. Na actual situação o melhor que é possível, não basta!

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