sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

СЛАВА УКРАЇНІ! SLAVA UKRAYINI!


ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA DE PORTUGAL EM 23/24 DE FEVEREIRO DE 2023

Um ano depois de ter começado a guerra na Ucrânia continuo com a mesma opinião: a Rússia de Putin realizou uma criminosa invasão — porque viola o direito internacional —de um país independente a que se seguiu uma despudorada continuidade de crimes de guerra — violações, tortura, assassinatos, roubos, raptos de crianças levadas para território russo —para além dos ataques à população civil — com morte de crianças e mulheres — e ao arraso brutal de edifícios, instalações, infraestruturas e sei lá mais o quê, numa estratégia de guerra cobardemente destruidora. Ou seja, defendo a Ucrânia de Zelensky e acuso, sem hesitação, a criminosa Rússia de Putin.

Nesta desgraça a que assistimos e conhecemos diariamente congratulo-me com os erros estratégicos de Putin que, não é, ao contrário do que muitos julgam, um jogador de xadrês — não sendo portanto um estratego — mas um judoca do qual devemos esperar a paciência para aumentar a vantagem que permita o ataque futuro, como mostrou claramente Madeleine Allbright no retrato que lhe fez no último texto que escreveu em vida e publicado no New York Times a 23 de Fevereiro de 2022*.

Neste caminho do futuro está o louco sonho imperialista de repôr a União Soviética — esse, como considera Putin na sua visão de grandeza imperial, o maior erro do século passado. E portanto preparemo-nos para as ampliações das vantagens se o estado terrorista de Rússia não perder a guerra e sair da Ucrânia. Voltando os assaltos a ser o que já foram…

Vendo o que se vê, ouvindo o que se ouve não consigo perceber como é possível existir alguma dúvida sobre quem luta pela Liberdade e Democracia e qual a solução possível. Que não é, não pode ser, parar a guerra — como pretendem os hipócritas da paz — na actual situação de invasão russa. Por uma razão simples: chama-se benefício do infractor e então… adeus direito internacional.

Neste dia 24 de Fevereiro, lembro — saudando o seu Presidente Zelensky — a coragem e a resiliência do povo ucraniano que, apesar do sofrimento, dos seus mortos e das suas crianças desaparecidas, continua a combater corajosamente pela libertação do seu país e homenageio, saudando-os, os familiares daqueles que morreram quer como soldados quer como civis assassinados. Louvemos os vivos e a sua determinação! Estamos convosco! СЛАВА УКРАЇНІ! SLAVA UKRAYINI!

* Putin is making a historic mistake

[Dados os factos não posso aceitar a posição do Partido Comunista Português que, de novo, se mostra, tratando-nos como parvos, cego às realidades numa já habitual visão distorcida, interesseira e mentirosa (vejam-se as suas votações no Parlamento Europeu…). Porque se há facismo, ele existe na governança russa, se há nazismo organizado ele está na Wagner e em diversos grupos russos organizados, se há roubo organizado e corrupção ele existe nos oligarcas amigos de Putin — as demonstrações existem em diversos documentos e na riqueza expressa por esse mundo fora.]


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

O KNIGHT MORREU


O dia transformou-se numa enorme noite no nosso coração. O Knight, com praticamente 16 anos, perdeu a resiliente luta que travou nos últimos cinco anos — sempre com os permanentes cuidados da Ana que o medicava de acordo com as suas necessidades — e partiu. Partiu, numa hora muito difícil para nós, mas com o maior sossego que lhe pudémos dar e com a dignidade que merecia a amizade que nos ligava.

Era um gato formidável que, numa loja de animais em Campo de Ourique — daí o nome de Knight de Campo de Ourique — onde tínhamos ido buscar rações para o queridíssimo Percy, mostrou claramente que nos tinha escolhido. E veio connosco.

Daí para cá tem sido uma alegria, mesmo quando a Nina entrou na nossa casa e que, no largo tempo de recuperação das lesões criadas por aqueles que a atiraram carro fora, passava mais tempo a ser tratada atrás de portas fechadas. E aí a curiosidade misturada com os ciúmes das atenções criavam situações engraçadas e que nos divertiam.


Era, para além de resiliente, um aventureiro. Um dia fui avisado pelo Percy que ele tinha fugido para o telhado — só o consegui tirar de lá improvisando, como nos aviões, um escorrega com um lençol por onde consegui que deslizasse até entrar para a uma mala que servia de base. Doutra vez, dei com ele a passear no varão de suporte da rede de protecção — a quase 10 metros de altura — num equilíbrio notável e de grande facilidade — entre o meu susto e o cuidado de não o assustar, a mala aberta serviu de novo como poiso seguro…
O Knight partiu e muita saudade fica…
… e os primeiros tempos de ausência vão ser muito difíceis e tristes — mesmo se a Nina da Ria Formosa continua connosco.



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