sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

ANA GOMES POPULISTA?!



Foi com espanto que na noite eleitoral ouvi bem-pensantes a classificar a candidatura de Ana Gomes como populista. Havendo até quem, do cimo do ar professoral da certeza absoluta, a comparasse à existente armadilha da extrema-direita.

Politicamente o populismo procura despertar, utilizando as liberdades permitidas pelo exercício da Democracia, os instintos mais primários e os medos mais irracionais que permitam ao caudilho a conquista ou a manutenção do poder. Ora, lendo os 21 pontos que constituem o programa de candidatura de Ana Gomes se percebe que a sua oposição não assenta nem em moralices, rejeição de direitos de minorias ou propostas socialmente divisionistas, mas sim numa determinação pela aplicação de Princípios e Valores da Democracia e dos Direitos Humanos.

O facto de ser uma mulher a enunciar com toda a clareza as exigências de intervenção política nas diversas áreas que compõem a nossa vida comum, não permite o menosprezo ou o achincalho. Populista, não; genuína e frontal, sim! 

[publicado in Público, Cartas ao Director em 29/Jan/2021]

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

ANA GOMES A MINHA PRESIDENTE

Votar em Ana Gomes, como farei no próximo domingo, é procurar que o cargo de Presidente da República seja ocupado por uma pessoa capaz, com visão estratégica de futuro, defensora exigente e sem contemplações dos princípios fundamentais da Democracia e do seu pleno desenvolvimento e que nos garanta que entre a reflexão da palavra e a acção exigível, vai apenas um tempo de realização eficaz.


A experiência de uma vida dedicada a Servir, quer directamente a República, quer os Valores e Princípios de garantia dos Direitos Humanos fazem de Ana Gomes uma cidadã de convicções, independente de quaisquer interesses ou conveniências e que, no cargo de Presidente da República, terá um papel decisivo, usando convenientemente os seus poderes constitucionais, para que Portugal possa ser o lugar comum do bem-estar, traduzido numa real melhoria das condições de vida, de todos os portugueses.


Para Ana Gomes — e desde já — o meu agradecimento pela sua presença nestas eleições. Votemos, portanto!  



FINALMENTE !!!!


 Tarde e a más horas mas parece que começaram a perceber que uma ameaça não se trata com proporcionalidade mas avançando e tomando-lhe a dianteira...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

ESTAVAM À ESPERA DE QUÊ?!

Comentários para quê? Vale a evidência!

 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

CARLOS DO CARMO DE LISBOA PARA O MUNDO

 Começar um novo ano com a notícia da morte de um amigo não é fácil.


A primeira vez que falei com Carlos do Carmo foi há muitos anos em O Faia - por qualquer razão chegámos à fala e ficámos a saber quem era um e quem era o outro. Anos depois encontravamo-nos com maior regularidade, quase sempre no Procópio, onde, ao sabor de uns copos, trocavamos ideias entre culturas diversas, músicas, artes e políticas. Na política também estivemos numas mesmas campanhas... Conhecíamo-nos bem e fomos criando uma amizade das que perduram pelo tempo e que se mantêm independentemente das vezes em que a vida nos deixa encontrar.

Carlos do Carmo não era apenas a Voz - e que voz ele tinha - mas era muito mais do que isso Culturalmente retirou o Fado do espartilho em que o Estado Novo o tinha colocado e, apoiando novos fadistas e cantando novos poetas, entregou-o a quem ele pertence, a nós portugueses e bateu-se para fazer dele Património Imaterial da Humanidade; como cidadão mostrou-se sempre do lado da Democracia e do direito da pessoa humana e sempre que sentiu o desrespeito ou perigo pela Democracia, apresentou-se na 1ª linha. E foi sempre Voz!

Com a sua morte e se perdemos uma voz de combate pela Democracia, temos a sorte de guardar nas memórias tecnológicas o cantar dos seus discos ou dos seus concertos. Que se ouvirão sempre com particular agrado, cantando Lisboa como a cidade única que sempre reconheceu.

Até sempre, meu caro!

Arquivo do blogue

Seguidores