domingo, 26 de abril de 2015

25 de Abril sempre!

Lisboa, Terreiro do Paço, foto JPBessa
"O telefone tocou às 4 da manhã. Por sorte nem sequer tive pensamentos de susto do tipo morreu alguém! Pensei de imediato que só podia ser o Dário, grosso em qualquer barra de balcão, a lembrar-se dos meus anos (a minha Mãe jura que nasci precisamente a essa hora). Não era, era a Maria João Simões com o habitual sossego na voz:
-- É agora. Ou vai ou racha. Liga o Rádio Clube Portugês. 
-- São de que lado? perguntei a pensar no 16 de Março e a pensar no medo do medo dos acossados.
-- Dos nossos, sossegou-me. Liga o Rádio Clube. Passa palavra.
Passei. Liguei ao meu Pai, ao Dário, ao Xico Sequeira, a quem me lembrei,"


Início do texto Lembranças dos Cravos que escrevi no 25º aniversário do 25 de Abril de 1974.

sábado, 25 de abril de 2015

Nascido a 25 de Abril às 4 da manhã



A minha Mãe preparou, com o tempo devido, o anúncio do meu nascimento - fui o primeiro filho - e assim o disse a Amigos e Família numa pintura à mão - este cartão foi recebido pela minha Madrinha - repetida dezenas de vezes onde só faltava o nome, a data e a hora para preencher ainda em casa dos meus avós, no "carro eléctrico" da Rua Ricardo Severo, número 132, no quarto da 6ª e 7ª janelas. No Porto.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fachadas do Bairro




foto GeniusScan/iPhone

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Miramar: European Best Destination



E desconhecem eles os banhos inesquecíveis junto ao Senhor da Pedra em tempo de "marés-vivas"...

terça-feira, 21 de abril de 2015

Mare Cemiterium


Em 1990, o Eduardo Lourenço e eu eramos os dois únicos portugueses presentes em Nápoles, Itália, num Congresso de que já não lembro o título mas que tratava das questões que se colocavam ao Sul da Europa: pobreza, emigração, imigração, formas de desenvolvimento, progresso, etc.
As conclusões, lembro-me, podiam traduzir-se assim: se a Europa não souber participar, desenvolver e ajudar a criar um nível de vida aceitável do outro lado do Mediterrâneo, ver-se-á a braços com problemas de imigração incontroláveis e o velho e civilizacional Mare Nostrum tornar-se-á num cemitério de clandestinos que, procurando a sorte da terra prometida, irão ser explorados por toda a cáfila de bandidagem.
Vinte e cinco anos depois os resultados de uma Europa surda e muda no seu afã de aumentar a riqueza dos mais ricos, estão, infelizmente, à vista.


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nuno Teotónio Pereira premiado

Nuno Teotónio Pereira foi distinguido, após proposta da Ordem dos Arquitectos, com o Prémio Universidade de Lisboa 2015.

O júri, que atribuiu o prémio por unanimidade, considerou que a atribuição do Prémio a Nuno Teotónio Pereira tinha em conta que, "mais do que um profissional brilhante na área da arquitectura, se assume como uma figura ética que, desde sempre, soube afirmar posições de grande vigor cívico. Da sua vasta obra na cidade de Lisboa, que inclui três prémios Valmor, infere-se a sua própria personalidade, marcada pelo constante e pelo intemporal. Nuno Teotónio Pereira é uma personalidade permanentemente comprometida com a necessidade de se construir uma sociedade cada vez mais justa e cada vez melhor."

Como admirador - quer no campo cívico quer no arquitectónico - de Nuno Teotónio Pereira não poderia desejar melhor do que este prémio que honra, antes de todos os mais, a Universidade de Lisboa e a sua cidade para quem Nuno Teotónio Pereira terá sido, nas últimas dezenas de anos, um dos seus mais ilustres pensadores.

Conhecê-lo, lê-lo e com ele conversar sobe os temas que tratam da cidadania e da cidade foi ter sempre acesso a um conhecimento que me possibilitou uma melhor compreensão das coisas e que me abriu novas perspectivas. Olhar, como sempre faço quando por ele passo, para o "Franginhas" é sempre, mesmo depois de tantos anos da sua singular existência, a descoberta de uma nova e culta perspectiva da intervenção arquitectónica urbana.



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