sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Era só o que me faltava!

Era só o que me faltava que uma conversa telefónica com amigo meu me obrigasse a vir a público explicá-la porque os virtuosos não sabiam – e gostariam de saber – do que teria dito.
Era só o que me faltava que me sentisse obrigado a alimentar o populismo dos justicialistas de duas medidas. Ou os insuportáveis moralistas de serviço.
Era só o que me faltava…
…que a transparência e a prestação de contas que deve caracterizar a vida pública democrática se transformasse em devassa.
Era só o que me faltava!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Esqueça?!

A França qualificou-se para o Mundial sul-africano com uma assistência vergonhosa de Henry. Viram-no, num meio-mundo de indignação, os irlandeses, os telespectadores, os espectadores próximos da baliza. Nada viram o árbitro e os bandeirinhas. No entanto a solução tinha remédio fácil - bastaria visualisar as imagens televisivas. Usando o sistema do rugby - a pedido do próprio árbitro - ou o sistema do futebol americano - a pedido, em número limitado de vezes como no olho de falcão tenístico, do treinador da equipa presumidamente prejudicada.
Perguntado, face aos factos, sobre o quando? da utilização das novas tecnologias, o senhor Platini - que teve tanto de bom futebolista como parece ter de defensor do capcioso sistema de interesses que envolve o futebol - respondeu: ESQUEÇA!

Esqueça é assim o sinónimo de uma indústria que dá mais importância à circulação da moeda do que à ética que a deveria controlar.
O futebol que o senhor Platini representa é um sinal da desvalorização dos tempos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ana Jorge, actualmente ministra

É preciso que uma pessoa se ponha no lugar do outro para perceber o que é que o outro gostaria de ouvir, in Pública 22.11.09

Francisco Teixeira da Mota

"Estamos assim num regime de "vale-tudo", sendo certo que a percepção do cidadão comum é essa mesma. Seria bom que se revisse serenamente esta legislação de forma a criar um regime, quiça, exequível."
Neste artigo do Público de 21/Nov sob o título O terramoto das escutas e o regime do "vale-tudo", Teixeira da Mota cita ainda o professor Costa Andrade para com ele reconhecer que a alteração da lei de processo penal de 2007 é um preceito atrabiliário, obscuro, desnecessário e absurdo.
É preciso dizer mais? Ser mais explícito?
Quando é que os fazedores de leis, decisores, todos aqueles que, por momentos da vida, tenham (ou julguem ter) que impor qualquer coisa que vá obrigar outros, pensam primeiro, ensaiam, testam, analisam, articulam, perguntam, procuram incongruências e contradições e se preocupam em garantir coerência? Coerência com a vida, claro. Falando com o mundo... obrigando-se à simplicidade de prestar serviço e serviço capaz. Porque nós, os outros, não somos devedores - somos cidadãos. Respeitáveis.
(hoje, depois do Prós e Contras, fiquei pior. Sinto que existe uma enorme tropa de vaidosos incompetentes que fabricam leis, regras e regulamentos ao pôr e dispôr do sabor do achar...Isto é muito mau e já me falta saco para o transporte.)

sábado, 21 de novembro de 2009

Vasco Pulido Valente

Da sua crónica Uma escuta do Público de ontem, retiro: "[...] A lei vigente junta o pior de dois mundos. Cria suspeitos que não resolve e, de caminho, diminui a principal autoridade de que os portugueses dependem. [...] É inteiramente legítimo tentar remover Sócrates de cena. Não é legítimo, nem recomendável arriscar nessa querela a própria integridade do regime."

Será preciso dizer mais? É preciso ser mais explícito? Quem tem memória - vivida ou apreendida - sabe onde pode isto chegar: de tão ligeiros na escalada apenas garantimos o trambolhão da queda. E que tal - não pedindo muito - um bocadinho de bom senso?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Na Rota do Cabo

Safámo-nos. No finzinho mas com mais facilidades do que supunha. Ainda bem: estamos no Mundial da África do Sul e vamos reabrir a Rota do Cabo. Agora há meses para trabalhar, primeiro, as ideias, depois, as escolhas e então a construção de uma equipa cujas prestações – já com tempo de treino para acertar nas balizas – possam ser motivo de orgulho e de gozo para nós portugueses adeptos de bom futebol. E já agora: que não deixem sempre para amanhã aquilo que a exigência manda hoje.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Há festa na Portela?

Estive no sábado na Luz. Não vim muito satisfeito com o que vi – irrita-me esta mania do futebol português de marcar e tratar de defender-se na lentidão, no toque, na volta, no retorno. Numa tocaia sem raça e assente naquele pausar de transições – naquele jeito de pé-para-pé insuportável - a permitir que a equipa adversária, toda ela, se recoloque atrás da linha da bola. Vitória por 1-0 foi o melhor que se conseguiu numa maré-cheia de sorte. E hoje?

Hoje, estou preparado para um à rasca de hora-e-meia. A ver a bola a voar pela área com sai-não-sai ou com o é-tua-é-minha da hesitação de três habituais centrais – preocupa-me o mais que provável atraso nas decisões que o facto de Pepe não ter os automatismos da posição irá provocar sob a pressão constante de bolas pelo ar. Já cá – com mais à-vontade – o triângulo tremeu; no inferno de fora e de dentro não estou optimista.

Mas no fundo, o que profundamente me irrita é esta mania de deixar as coisas acontecerem no limite – na continha merceeira, no milagrinho de uma qualquer santa. Ou à espera que alguém nos pague a pretensa dívida que a auto-estabelecida superioridade técnica lhes impõe. A ver…se a disponibilidade e motivação de Liedson contagia todos os outros e há festa na Portela.

Já é recorrente: sempre que a Selecção joga, torna a questão dos naturalizados. Que só deviam jogar portugueses, não naturalizados! ouve-se no empinado ofendido de defensores de pátria vilipendiada. Como se isto fosse propriedade fechada e onde só os nascidos e de sangue tivessem direitos e cidadania. Como se a História – exemplar nas rainhas e reis consorte - não nos dissesse o contrário. Dito de outra maneira: a questão do nacionalismo fechado – somos portugueses porque os nossos antepassados o são – já não tem – se alguma vez teve - qualquer cabimento no mundo globalizado em que vivemos. Qualquer pessoa pode querer tornar-se cidadão de outro país que não o de seu nascimento; qualquer país pode estabelecer regras para aceitar a cidadania nacional de terceiros. Acertadas as duas vontades – ou os dois direitos - o novo cidadão ganha o estatuto de cidadão nacional (se bem me lembro: a única excepção portuguesa é de Presidente da República). Ponto. Termino citando Eduardo Lourenço: O nascer num sítio não é um destino, é uma contingência.

A África do Sul está à distância da travessia de noventa minutos.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Fotaguarelas


Tem qualquer coisa de contra-senso a utilização de uma boa máquina fotográfica para desfocar fotografias. Mas foi o que fiz. Esta fotografia faz parte de uma série tirada num final de dia na praia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Assalto ao Quartel de Beja, 1962

Almocei com o Edmundo Pedro. Para além de me ter feito a simpatia de me entregar para ler o capítulo inédito “As três tentativas para tomar o quartel” sobre o “assalto” ao Quartel de Beja a 1 de Janeiro de 1962, ainda tive a oportunidade de conhecer outras estórias que fazem a história – a do cognome de “Capitão Pimenta” como era chamado em Caxias. “Capitão” vinha-lhe de Beja onde se fardou – por 3 horas como gosta de frisar – de capitão. A pimenta diz respeito a uma tentativa de fuga do Tribunal de Santa Clara que só não se concretizou porque, depois de ter atirado com pimenta para a cara dos seus guardas, correu escada abaixo em direcção ao carro que mão amiga tinha estacionado próximo e em situação de fácil fuga. Só que…a porta tinha ficado trancada e a fuga terminou ali, agarrado pelos perseguidores com ajuda de um bom cidadão que lhe fez frente ao grito do PIDE de agarra qu’é ladrão! .

O que mais impressiona no capítulo que li sobre o “assalto” a Beja é que, estando-se em 1962, as coisas se tenham passado assim. O que demonstra bem o atraso de país que então éramos – o paraíso salazarista que saudosistas gostam de encenar - e que, hoje, temos enorme dificuldade em acreditar que assim fosse. Manuel Serra acreditava que podia tomar o quartel com uma ou duas pistolas; Edmundo está até convencido que podiam ser de brincar. O facto é que o quartel só não foi tomado – por uma força de assalto mista de civis e militares - por azares sucessivos numa sucessão de acontecimentos misto de reais dificuldades – a vida, embora parecendo filme, não é cinema – e de sucessivas ingenuidades que a razão do combate pela Liberdade terá ampliado.

Um sinal dado cedo de mais, uma retirada de sentinelas não realizada, uma pistola que inadvertidamente se dispara, uma precipitação e um ferimento grave de que resultou a força de assalto ficar sem comando militar e serem perdidos homens de acção para transportar o ferido ao hospital, o não aprisionamento – por ingenuidade romântica ou por necessidade de apoio ao camarada ferido – do comandante da Unidade, uma armadilha de que resultaram dois mortos e um ferido grave no lado dos revoltosos, a impossibilidade de controlar – por falta de articulação – o centro de comunicações que permitiu chamar a GNR para cercar o quartel e, na única sorte dos deuses, que dispararam sobre o membro do Governo que teria vindo saber dos acontecimentos, ferindo-o gravemente e obrigando à vinda de Lisboa de uma equipa de médicos de grande competência que acabou… por salvar a vida ao militar revoltoso ferido que comandara a operação.

Ler este capítulo abre-me as maiores expectativas sobre as restantes partes do livro. E permite reflectir sobre o Portugal de então – sobre o atraso, o medo e a estrutura de terror policial que nos manietava - e que podia ter tido nesta acção o 25 de Abril, doze anos antes, mesmo apenas com duas pistolas de ameaça.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Caiu há 20 anos

A primeira vez que fui a Berlim já o Muro tinha caído. Fui lá – meses depois e com o António Costa e o António Manuel – assistir, junto do SPD então liderado por Oskar Lafontaine, às primeiras eleições na nova Alemanha. Claro que já tinha ouvisto falar do Muro e do mítico Checkpoint Charlie, de relatos de diversas e difíceis aventuras de fugas tentadas e conseguidas, dos atletas da RDA – de cujas proezas sei hoje o significado - e daquele ar de campo de concentração que o Muro dava à cidade.

Fiquei em Berlim Leste num super hotel da desaparecida nomenklatura – a casa de banho tinha uma dimensão de ginásio. Vi aí, notáveis edifícios clássicos - aparentemente bem conservados - e uma não-arquitectura nas coisas correntes e novas. Vi ainda partes do Muro – um bocado, transportável, ainda está numa gaveta cá de casa - percebi o seu traçado e o corte da cidade, vi Trabants e realizei a estupidez que pode atingir o espírito humano – e da qual dificilmente nos livrámos como se ouve em propostas em Israel e no Brasil - quando dominado pelo poder dos preconceitos e da visão totalitária da vida. Visitei cidades e aglomerados do outro lado, estive no Bairro da Stasi onde continuavam as famílias de secretas oficiais. Ouvi e discuti sobre as vantagens e inconvenientes da mudança da capital de Bona para Berlim – nós dizíamos não haver alternativa: ninguém na Europa iria compreender; eles respondiam que Berlim havia sido a capital nazi e não gostariam de o relembrar. Mas assistimos também ás enormes dificuldades do staff do SPD para elaborar uma estratégia capaz de enquadrar a novidade da unificação. Incapazes de se adaptar, os estrategos de Lafontaine queixavam-se da surpresa e não sobreviveram eleitoralmente. Compreendi claramente um conceito que deste então me acompanhou: demasiado planeamento vale o mesmo que nenhum!

Digiscoping: a Lua


O Digiscoping é um método de fotografar à distância recorrendo a uma máquina fotográfica digital acoplada a um telescópio. É cada vez mais utilizada para fotografar aves com a vantagem de permitir utilizar o usual telescópio de observação, tornando a fotografia economicamente mais acessível – o preço de um telescópio é muito menor do que uma teleobjectiva para o mesmo efeito - mas garantindo uma notável qualidade final (vejam-se exemplos pela net fora). Hoje já se recorre a adaptadores que as marcas fabricam para criar sistemas mais fiáveis e de maior facilidade de uso – principalmente na rapidez de utilização. Técnicas deste tipo são também utilizadas na astrofografia. Lembrei-me de experimentar e fotografar a Lua: uma máquina digital, um telescópio de observação de aves e um adaptador. Prioridade à abertura e alguns disparos experimentais para definir o tempo de exposição e pronto. Gosto do que vejo e fiquei a perceber que cada fotografia de aves que faça com este método mas sem penas visualmente definidas e focadas, só acontece por pura azelhice. Minha,claro.

domingo, 8 de novembro de 2009

Edmundo Pedro, 91 anos

Hoje faz 91 anos o meu amigo Edmundo Pedro (n. 1918). A história da sua vida – num país atento à memória e à construção da sua História real – daria um filme extraordinário. A Resistência em pessoa. Revoltas e revoluções, prisões, clandestinidade, Tarrafal ainda miúdo e por dez anos, assalto ao quartel de Beja (está a escrever sobre isso), história e estórias do PC em Memórias – Um Combate para a Liberdade, 2007, Deputado à Assembleia da República pelo PS. Cavaleiro da Liberdade, da Democracia e da Ética dos Valores da Esquerda, passar tempo com ele é ter acesso a um maior conhecimento do Mundo e da Humanidade. E aprender o significado de Solidariedade. Um abraço, meu caro.

sábado, 7 de novembro de 2009

País de muito mar

Somos um país pequeno e pobre e que não tem
senão o mar
muito passado e muita História e cada vez menos
memória
país que já não sabe quem é quem
país de tantos tão pequenos
país a passar
para o outro lado de si mesmo e para a margem
onde já não quer chegar. País de muito mar
e pouca viagem.
Manuel Alegre (17-5-2006)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tem Prémio!

Vi o vídeo da senhora – finlandesa ao que suponho. Se percebi bem, diz mais ou menos isto: a elite – presume-se naturalmente amigos do Rumsfeld do Tamiflu – querem reduzir a população mundial a 2/3 da população actual. Por óbvias razões de garantia de espaço vital ou, tão só, para mero desafogo.
Para isso começaram – em acordo com a dimensão hercúlea da tarefa – a trabalhar vai para anos. Primeiro terão inventado o vírus H1N1; depois lançaram uma campanha – só para certos casos mas onde o actual iria caber – para que a Organização Mundial de Saúde decretasse a obrigatoriedade generalizada da vacinação; depois ainda, criaram uma vacina mal enjorcada; e definiram com o primeiro: crianças e grávidas! a certeza de liquidação da próxima geração Tudo bem feito: ganhavam um dinheirão com a venda das vacinas; matavam uma data de malta e atingiam o objectivo perseguido – lucros inimagináveis e menos população para o mesmo mundo.
Um alívio! Uma borga! Estruturada sobre uma extraordinária estratégia. A senhora tem prémio. Hollywood, atenta, já propôs a compra do guião. A senhora, resiste – quer o papel principal, o de cientista num laboratório africano do sopé do Kilimanjaro e que tem um caso torridamente amoroso com o Tom Cruise. E é claro, não querendo tomar a vacina contra a gripe A, tem tido problemas com o Sindicato dos Cinemas. Daí o atraso.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Estádio Maior do Algarve

A propósito do Algarve não poder ficar de fora do eventual Mundial de futebol, leio em A Bola o dizer do sr. Presidente da Associação de Futebol da região a propósito do Estádio do Algarve terminado em 2004:«As obras terão de ser efectivadas com ou sem Mundial, pois o prazo de validade das bancadas dos topos, amovíveis, deve estar a expirar. Por isso, era importante aproveitar esta organização para remodelar o complexo, colocando bancadas definitivas.»

Como disse?! Bancadas definitivas?! Para quem, para quê e pagas por quem? Se pela Associação de futebol a que preside, ainda vá – o custo do disparate ficaria circunscrito aos seus responsáveis. Mas não evitaria o desperdício…

A mais-valia do Estádio do Algarve encontra-se precisamente na colocação de bancadas amovíveis com o que foi possível transformar a obrigatoriedade dos 30.000 lugares do EURO 2004 numa lotação fixa de 18.000 lugares, aproximando assim a capacidade do estádio -embora ainda em demasia - do possível para a região e para os seus espectáculos desportivos permanentes.

As bancadas de topo não se fizeram para a eternidade – fizeram-se para deixarem de lá estar e para diminuir os custos de manutenção, uma vez que já permitiram, a seu tempo, diminuir os custos de construção.

Curiosa inversão: sobre a adequação procurada quer-se agora a ampliação do elefante. Como se algo tivesse mudado. E logo atrás, aposto, virá choradinho…em nome de um qualquer interesse nacional. Como de costume.

Instalação dos Órgãos Municipais de Lisboa

Teve ontem lugar a Instalação dos Órgãos Municipais da Câmara Municipal de Lisboa. Ao ar livre, a 3 de Novembro – quantas capitais europeias se podem dar a este luxo? – na Praça do Município marcado por duas boas intervenções. De Paula Teixeira da Cruz, presidente da Assembleia Municipal cessante, gostei do pedido-exigência para uma maior acessibilidade dos serviços ao comum dos mortais e da afirmação que “as instituições não devem servir clientelas.” num contexto geral de reclamação de abertura e transparência de pequenos poderes. De António Costa, o já nosso próximo presidente, saliento o caderno de encargos que garantirá uma Lisboa mais agradável e simpática para quem cá vive ou trabalha. Dos diferentes temas saliento a reforma administrativa concelhia e o objectivo de estabelecer dimensões críticas urbanas equilibradas, a maior esperança na descentralizada limpeza da cidade e a referência à eliminação da calçada à portuguesa – esse mito urbano genericamente inaplicável numa cidade de colinas e ruas de sobe e desce a receberem sol todo o ano.
Foi um bom fim de tarde a permitir algum optimismo na necessária melhoria da qualidade de vida da nossa Lisboa.

Túneis e esperas

Como é possível pagar-se o que se paga para ver um jogo de futebol, pagar-se o que se paga a cada um dos jogadores de futebol e assistir quase como regra a cenas patéticas de falta de civismo em túneis ou esperas de rua (já não falo de desportivismo, de respeito pelo outro, de valorização do outro para valorização nossa. Enfim, de tudo aquilo que define o ambiente desportivo são.). Pior: como é possível todos olharmos e, fazendo que não vemos, deixar esta larva medrar? Como lembrava Brecht, quando nos tocar…já será tarde!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Por ter e não ter

Segundo o Público, Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, a propósito da Ministra do Trabalho, disse assim:”[…]. Mas está a espalhar-se a ideia de que Portugal tem uma ministra do Trabalho sindicalista, como se o patronato estivesse em situação de desfavor. Isto pode ser uma armadilha muito perigosa.[…]” Armadilha?! De quem? Do patronato? De Sócrates? Da malta? E se a escolha fosse de alguém ligado ao patronato, era melhor? Menos armadilha? Menos perigosa?
Ainda a senhora não abriu a boca e já o dr. Carvalho da Silva lhe faz um processo de intenções. Como preparação da defesa de trabalhadores que passam por sérias dificuldades não há melhor senso:os mosquitos feitos cordas são o garante de risonho futuro.

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