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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

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MASP 1986

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

LIÇÃO DE JUBILAÇÃO


A Jorge Olímpio Bento
Base: Foto com iPhone;
transformação, legendagem e finalização a ponta de dedo em aplicações de iOS
Como seria de esperar o meu Amigo Jorge Olímpio Bento na sua lição de jubilação - 29 de Setembro de 2016 - esteve fiel a si próprio: disse o que tinha a dizer sem máscara ou circunstância. E disse-o claramente numa lição que intitulou "Parrésia" ou "Coragem da Verdade". E fê-lo com o "vício da palavra sem grilhetas" numa lição de dignidade cívica que, como nos contou, lhe marca a forma de encarar a vida:
"Desde o berço e a escola primária na aldeia transmontana, até à jubilação da cátedra na Universidade do Porto, fiz a viagem com o substancial que os meus pais me ensinaram e transformaram em modo de agir: apego e o testemunho da verdade.  
À medida que fazia a viagem, mais ficava contaminado pelo vício da palavra sem grilhetas, desassombrada e desempoeirada."
E assim nos deu a sua visão vigorosamente crítica de uma Universidade neo-liberal, politicamente correcta, pouco dada ao questionamento e muito agarrada ao conforto da hipersimplificação que marca os seus tempos de hoje traduzidos em "instituição de formatação e instrução funcionalizante" da versão mercantilista de "fábrica de papers".
Uma lição feita legado para que os mais empenhados - estudantes incluídos - possam encontrar os caminhos que, revoltando-se, permitam alterar a actual circunstância de um reinado onde impera "um silêncio de morte"para a expressão de uma Universidade de atitude crítica, "de modéstia subversiva, atalaia e vigilância contra os cânones de toda a índole", perante o mundo e os seus sistemas num claro objectivo de, desencurralando-a, fazer o que deve ser feito.
Que aula!!! Uma jubilação a deixar a marca das "palavras sem grilhetas"! Mas manifestando sempre  o agradecimento a todos os que, com ele, partilharam a aventura de uma carreira cívica e universitária.
Lição a que assistiram inúmeros amigos vindos expressamente de muitas partes de Portugal, de Espanha, do Brasil, da Argentina a demonstrar o apreço pela pessoa, obra e carreira do Jorge Olímpio Bento.
Foi muito bom!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Muro de Berlim



Tive a possibilidade de assistir em Berlim - com o António Costa e o António Manuel - às primeiras eleições da Alemanha unificada. Com o SPD - Partido Social Democrata Alemão - participamos em reuniões, comícios, distribuição de documentos, panfletos, visitas a isto e áquilo. Principalmente na zona berlinense da RDA e sua periferia e tive então a possibilidade de visitar diversos locais do Muro e, claro!, estive na Porta de Brandemburgo e no mítico Checkpoint Charlie. Conheci o bairro que foi dos agentes da STASI e percebi, pelos diversos locais que visitei, muito do que seria a vida do quotidiano dos alemães de Leste. Hospedaram-nos num hotel utilizado pela nomenklatura do antigo regime - o quarto de banho do quarto tinha o tamanho de um quase ginásio.
Lembrei-me dessa visita nestes 25 anos de comemoração da Queda do Muro de Berlim. E lembro os receios, nomeadamente do líder do SPD, Oskar Lafontaine, do que representaria a unificação das duas Alemanhas e o poderio que, na Europa, poderia representar para além das memórias que poderia ressuscitar. E das suas preocupações sobre os custos de uma reunificação liberal e mal preparada e do seu legado potencialmente perturbador para o equilíbrio europeu.  Levou alguns anos para que percebesse esses receios que, na altura, me pareceram despropositados - o custo não parecia exagerado vistas as vantagens - face à liberdade que se garantia a uma imensa população - com as consequências óbvias nos países satélites dos soviéticos.
Desta viagem guardo excelentes recordações e ainda lembro, quando se falava no retorno da capital a Berlim, a resistência que os membros do SPD faziam pela relação que esse facto poderia estabelecer com a Alemanha hitleriana e responsável pelas atrocidades da II Guerra Mundial. 
A Guerra deixa fantasmas e desconfianças.


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