domingo, 13 de junho de 2010

De Mao a Piao

Parece um fado. Antigo e sem mudança de letra. Repetitivo.

A solução que os enormes pensantes propõem para a saída da crise do país – dando provavelmente milhões e ficando barata aos neurónios – é fácil: cortar nos salários!

Bravo! Assim, com salários mais baixos a nossa competitividade aumentará, afirmam. Claro! É a cultura de Loja dos Trezentos no seu melhor expoente.

Sorte a nossa, poderemos ser como a China – “dona” da dívida externa dos Estados Unidos e de vida interna cheia de graça e qualidade. Ámen para eles. E para os notáveis pensantes, também - gosto desta malta cheia de soluções e que, pelo que fizeram e não fizeram, têm enormes responsabilidades no estado actual de Portugal. E lembro-me de Andy Wharol e dos seus quinze minutos de fama... é hora de aproveitar.

A música é a mesma e a letra também. Disco riscado? Vira o disco e toca o mesmo? Alguém me lembrou o célebre conceito: a economia é um assunto demasiado séria para ser deixado aos economistas – principalmente dos acertadores da taluda já vencida, acrescento.

Não haverá caminho diferente, mais acertado e mais eficaz, do que de Mao a Piao?

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