sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

BOM ANO!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Natal 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Tomada de posse na Ordem dos Arquitectos

Tomada de posse dos eleitos nacionais para a Ordem dos Arquitectos para o triénio 2011/2013. Tomei posse do meu lugar de membro do Conselho Nacional de Delegados e fizeram-me uma fotografia.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Jantar da Mesa Dois

O jantar da Mesa Dois do Procópio - habitual na época do Natal - realizou-se hoje (18) no restaurante da Ordem dos Engenheiros (nada mau, bem servido e com boa vista sobre o Eduardo VII). Momento especial de encontro de amigos de longa data. Risos, altas teorias, notícias, perspectivas, assim vai o mundo e etc. e tal. Do melhor como sempre e mantendo a tradição de tratar do mundo - já que de nós parece cada vez mais difícil. Na mesa onde fiquei - ao lado da dos senhores embaixadores e senhoras (ainda sobravam embaixadores espalhados pela sala...) - lembrei-me, a propósito de qualquer coisa, dum enorme e belíssimo verso da poesia portuguesa, o resignado "tão fora de esperar bem" de Joam Roiz de Castelo Blanco. O João Paulo Guerra, porque o disse há anos (muitos) numa récita organizada pela Natália Correia, lembrava-se mais ao menos de todo o poema. Conseguimos, em esforço de toda a mesa, (re)compô-lo integralmente. É de uma beleza extraordinária: na métrica, no jogo de palavras, nas imagens que permite. Assim:


CANTIGA, PARTINDO-SE

Senhora partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.

Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.

Partem tam tristes os tristes
tam fora d'esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém

Joam Roiz de Castelo Branco
Segunda metade do sec. XV
Contador de D.Afonso V


sábado, 11 de dezembro de 2010

PPP a favor de quem?

Nunca fui adepto das Parcerias Público-Privadas. Nunca compreendi as vantagens de misturar dois conceitos não miscíveis: a prestação obrigatória de um serviço aos cidadãos com a necessidade da obtenção de lucros para responder aos interesses dos accionistas. Aliás sempre pensei que este conjunto, pela lógica do lucro, tende muito mais à redução da qualidade do serviço do que ás vantagens da mítica eficiência privada. Parece-me evidente: as PPP traduzirão mais lucros e não necessariamente melhor serviço.

Há anos, depois de ter participado nas negociações em Bruxelas para a obtenção de verbas para aplicar nas infra-estruturas desportivas – que de zero passaram a 80 milhões – tive que me confrontar, em reuniões para aprovação de regulamentos, com a imposição dos enviados de Bruxelas – um deles português, irritante e cheio de prosápia do centro da civilização contra os pré-históricos da periferia – para aceitação das PPP. Fiz o que pude: disse que não concordava, que me parecia prejudicial aos interesses dos dinheiros públicos, que no Desporto já havia uma espécie, embora mitigada, de PPP, na relação Estado/ Federações de Utilidade Pública Desportiva. Enfim, para que as parcerias fossem aceitáveis seria necessário uma monitorização e controlo tais que garantissem a defesa sem lacunas do interesse público dos projectos. Não serviu para nada: os meus cerca de trinta companheiros alinhavam no modismo PPP, achavam até interessante dar cobertura ao mito de gerir a administração pública como empresas privadas ou acreditavam, com aquele entendimento pio que caracteriza o imobilismo, estar a alinhar Governo e interesse público. Ninguém esteve para se maçar. Na imagem de troglodita fiquei sozinho.

Curioso, hoje tudo é contra as PPP. Nomeadamente a direita que já se esqueceu da defesa que lhes fez. Mas são-no também ex-membros do Tribunal de Contas, ex-ministros, ex-isto e aquilo e até actuais liberais como Luis Campos e Cunha que defende “que há que separar as águas do Estado do sector privado. A mancebia entre o Estado e os negócios conduz a que o Estado fique ao serviço dos interesses económicos.”

Como é que caíram na esparrela?

domingo, 5 de dezembro de 2010

E nós?

E nós, os vizinhos do Jardim das Amoreiras, não temos direito a um subsídio que nos compense os cortes determinados pelo Governo?

É que também queríamos…

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ordem dos Arquitectos

A lista A – Arquitectura para todos: enfrentar a crise, construir o futuro - presidida pelo João Rodeia ganhou as eleições para os Órgãos Nacionais do Triénio 2011-2013 da Ordem dos Arquitectos. E ganhou bem porque, representando a continuação de um bom trabalho realizado ao longo dos últimos 30 meses – direito à arquitectura (Revogação do 73/73); sustentabilidade e credibilidade da Ordem – prepara a continuação da intervenção por melhores condições do exercício da profissão, acompanhando o reconhecimento internacional, regulando melhor a admissão e o exercício profissional, promovendo a melhoria de benefícios profissionais e sociais, a criação de nova Tabela de Honorários para Projectos de Arquitectura, bem como a sustentabilidade financeira e orgânica da Ordem. Num período nada fácil, a nova direcção da Ordem propõe-se também – e por isso reuniu diferentes sectores e sensibilidades numa “única equipa” – conjugar esforços para encontrar as respostas acertadas e adequadas para a construção do futuro da profissão. O que em época de crise não é desafio menor ou inútil.

Integrando esta lista fui eleito – já o tinha sido, mas por outra lista, no mandato anterior - para o Conselho Nacional de Delegados. E sei que vamos conseguir cumprir o que nos propusemos.

No que me parece ser uma óbvia vantagem para os arquitectos e para o seu futuro exercício profissional, apenas uma preocupação: o baixo número de votantes. Será que a maioria dos arquitectos apenas pretende – não lhe encontrando mais potencialidades – que a sua Ordem não seja mais do que uma caixa receptora de quotas e emissora de credenciais? Não há, ou haverá, outras ideias colectivas para o exercício profissional?

A dimensão da crise vai exigir que a Ordem se disponibilize para outras respostas, exigindo a atenção e o empenho de muitos mais do que aqueles que quiseram votar.

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