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quinta-feira, 21 de agosto de 2025

A NUNO PORTAS



Nuno Portas na Sede da Ordem dos Arquitectos
foto de Miguel Madeira/ Público

Catarina Portas, Paulo Portas, João Paulo Bessa e Pedro Novo. Cerimónia dos Novos Membros de 2025
foto de Nuno Almendra

 

É com profundo sentido de perda que a Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos assinala o falecimento do arquitecto Nuno Portas, uma figura maior da Arquitectura portuguesa e incontornável referência no Urbanismo contemporâneo.

Arquitecto, urbanista, politico, professor, investigador, crítico e divulgador, Nuno Portas é autor de uma obra crítica e reflexiva que marcou gerações, deixando-nos, enquanto “arruador” como gostava de se autodenominar, um legado que transcende o próprio edificado: uma visão integradora de cidade enquanto lugar de construção coletiva.
Deu lugar a pensadores que nos permitiram libertar da concepção modernista no seu segregacionismo funcional, possibilitando a vida democrática e justiça social enquanto expressão do espaço.

Enquanto Secretário de Estado e criador do Serviço Ambulatório de Apoio Local (SAAL), através da sua produção escrita, acção política, pensamento pedagógico e inquietação intelectual moldou decisivamente o modo como hoje pensamos a Arquitectura e o Urbanismo em Portugal.

A Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo teve a honra de iniciar em 2024 um programa de homenagem ao arquiteto Nuno Portas, no âmbito da celebração do seu 90.º aniversário, a assinalar em 2025.

Este programa, concebido com o objetivo de revisitar e partilhar o seu vastíssimo legado, teve um dos seus momentos mais simbólicos na Cerimónia de Recepção aos Novos Membros da Ordem dos Arquitectos, realizada a 6 de fevereiro de 2025, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, edifício que projetou em coautoria com o arquitecto Nuno Teotónio Pereira.

Por essa ocasião, foi apresentada a reedição fac-similada do livro “A Cidade como Arquitectura”, originalmente publicado em 1969, com prefácio de Fernando Távora, e ausente das livrarias durante quase duas décadas.

Esta reedição, resultado de uma parceria entre a Livros Horizonte e a Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo, constitui não apenas uma homenagem editorial, mas também um gesto político e particularmente pedagógico junto dos novos arquitectos e que visa devolver à actualidade, uma obra profundamente seminal. A cerimónia contou com as presenças dos seus filhos, Catarina Portas e Paulo Portas, num momento de particular significado e emoção para todos os presentes.

O falecimento de Nuno Portas representa o desaparecimento de uma figura de profunda lucidez e de incansável generosidade, mas só será uma perda se deixarmos que o legado denso e crítico do seu pensamento deixe de permanecer activo e inspirador. E isso só depende de nós!

A Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos continuará, com empenho, a levar por diante o programa de homenagem iniciado, como expressão de reconhecimento e gratidão com os valores de cidadania e responsabilidade pública da Arquitectura que sempre defendeu.

Hoje a “Cidade”, enquanto ideia e enquanto lugar habitado, despede-se de um dos seus mais atentos intérpretes. No seu prefácio em “A Cidade Como Arquitectura”, Fernando Távora conclui que “é, afinal, e unicamente, o Homem que está em causa”.

Muito obrigado, Nuno Portas!

João Paulo Bessa
Presidente da Mesa da Assembleia Regional Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos

Pedro Novo
Presidente da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos
__________________________________________
[Texto publicado no site da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos]

quinta-feira, 30 de março de 2023

JAZZÉ DUARTE (1938/2023)

1,2…1,2,3,4,5 MINUTOS JAZZ


As nossas memórias — que são muitas e boas — ficam e serão sempre recordadas com um sorriso e amizade.
Descansa em paz, meu caro.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

O KNIGHT MORREU


O dia transformou-se numa enorme noite no nosso coração. O Knight, com praticamente 16 anos, perdeu a resiliente luta que travou nos últimos cinco anos — sempre com os permanentes cuidados da Ana que o medicava de acordo com as suas necessidades — e partiu. Partiu, numa hora muito difícil para nós, mas com o maior sossego que lhe pudémos dar e com a dignidade que merecia a amizade que nos ligava.

Era um gato formidável que, numa loja de animais em Campo de Ourique — daí o nome de Knight de Campo de Ourique — onde tínhamos ido buscar rações para o queridíssimo Percy, mostrou claramente que nos tinha escolhido. E veio connosco.

Daí para cá tem sido uma alegria, mesmo quando a Nina entrou na nossa casa e que, no largo tempo de recuperação das lesões criadas por aqueles que a atiraram carro fora, passava mais tempo a ser tratada atrás de portas fechadas. E aí a curiosidade misturada com os ciúmes das atenções criavam situações engraçadas e que nos divertiam.


Era, para além de resiliente, um aventureiro. Um dia fui avisado pelo Percy que ele tinha fugido para o telhado — só o consegui tirar de lá improvisando, como nos aviões, um escorrega com um lençol por onde consegui que deslizasse até entrar para a uma mala que servia de base. Doutra vez, dei com ele a passear no varão de suporte da rede de protecção — a quase 10 metros de altura — num equilíbrio notável e de grande facilidade — entre o meu susto e o cuidado de não o assustar, a mala aberta serviu de novo como poiso seguro…
O Knight partiu e muita saudade fica…
… e os primeiros tempos de ausência vão ser muito difíceis e tristes — mesmo se a Nina da Ria Formosa continua connosco.



terça-feira, 5 de abril de 2022

LEMBRAR O PERCY

 O Percy Vale D´Asseca morreu faz hoje um ano. Ainda não me adaptei e tenho enormes saudades dele.







A sua simpatia, amizade e companhia fazem-me muita falta… Tenho sempre muito presente este gato meu amigo..


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