segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Boas entradas...



Desenho em iPad

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Não ligamos a televisão

A experiência e o bom senso familiares construídos com gerações, mandaram que a televisão fosse desligada à hora do nosso habitual jantar de 25 de Dezembro. Avisada decisão: o jantar foi divertido, rimo-nos irmãos, sobrinhos e netos - o perú estava no ponto ideal e havia todos os acompanhamentos que fazem os hábitos da família. A conversa durou até tarde a conversar sobre a realidade da vida, sobre as coisas interessantes que vemos e vivemos todos os dias. Excelente decisão a de não ligar a televisão...



Desenhado em iPad

domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal 2012

Desenho em iPad

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Água salgada v. água doce

Do blogue The Conscience of a liberal do Nobel de Economia, Paul Krugman, transcrevo - na língua original, o acto de drama curto em peça publicada no The Irish Economy e trata da batalha entre os de água doce e de água salgada. Dá para perceber posições e resultados.

"December 14, 2012, 9:13 am79 Comments

Bleeding the Patient: A Drama

The Irish Economy has the script, lifted from comments on a piece about the ECB still defending austerity; reposted here after the jump.

Re Box 6, By Gavin Kostick

[Scene: A spacious drawing room in Frankfurt. A patient is strapped to a table. M Drachet in attendance, plus admirers]

M Drachet: Our diagnosis for this fellow is an excess of partying, too much of the punch-bowl, a surfeit of humours, grass corpulence and a palpable debt overhang. Our remedy? Leeches!

[Enter Mr deKrugman, a plain talking Yankee]

Mr deKrugman: Hold your hand, sir! The patient is week. Leeches will only distress his condition further.

M Drachet: Oh that annoying fellow. Even your fellow Americans agree that leeches are the cure.

Mr deKrugman: Not any more they don’t. They’ve changed their minds.

M Drachet: Really? Never mind – bring on the leeches.

Mr deKrugman: Rather than leeches, this fellow needs an infusion of fresh blood to recover.

M Drachet: Are you volunteering?

Mr deKrugman: You, sir, can create all the blood you wish and you know it.

M Drachet: Balderdash.

[A fop whispers in M Drachet's ear]

M Drachet: Well that’s news. But you forget, our medical charter expressly forbids it. And you miss the nicer point, if we were to do so, this fellow would learn nothing from his foolishness and return to his profligate ways.

Mr deKrugman: Are you trying to cure the fellow, or teach him a lesson?

M Drachet: A soupcon of A and a morsel of B. Now, the leeches.

[The leeches are applied, and the patient becomes noticeably paler]

Mr deKrugman: Told you.

M Drachet: You really are the most arrogant fellow.

Mr deKrugman: Says the man with the leeches.

M Drachet: But this is part of the cure! You see he is being purged, in in being purged he will ultimately return stronger.

Mr deKrugman: Or dead like that poor Greek fellow.

M Drachet: And anyway, you quite misunderstand. It is not the leeches that make him pale, but, er, that, that and la bas!

Mr deKrugman: You’re pointing at a bunch of random things.

M Drachet: Not at all, I’m pointing at fetid air! Contagion I tell you. Stop looking at the leeches.

Mr deKrugman: Look, are the leeches to teach a painful lesson or to help the patient get better?

M Drachet: Can they be both?

Mr deKrugman: No.

M Drachet: To be honest monsieur, we do it because we’ve always done it.
But our meticulous research shows that if the patients have, er, died in the past – it wasn’t the leeches fault! It was, um, something else!

Mr deKrugman: I strongly recommend an infusion of fresh blood.

M Drachet: But if we tried something new and it proved better, why our reputation for competence would be in tatters – you laugh sir?

Mr deKrugman: No sir, I weep. I weep.

[They continue to bicker as the bloated leeches suck happily at the patient]"

E das sanguessugas de água doce estamos fartos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Para pior já basta assim...

Por razões diversas, não tenho tido tempo para escrever ou desenhar aqui para o Finisterra Suave. Mas tenho tido enorme vontade de o fazer para ver se me distraio das insuportáveis e irritantes formas de dizer a encobrir as malévolas formas de fazer. Torna-se insuportável abrir a televisão fora de qualquer série policial: o que se ouve é, na proporção directa do poder e da sua envolvente, insultuoso.

Gostaria de ter escrito sobre diversas coisas, a começar por um espantoso texto de uma senhora professora universitária de Direito que nos vem - numa demonstração de cobertura do bom costume português dos poderosos (o menor múltiplo comum social das Leis existe, mas não são necessariamente para cumprir) - afirmar que, dada a crise, a lei não necessitará de ser cumprida e o interesse deve ser o princípio a ter em conta. Escrevia sobre o Direito Constitucional e foi publicado no Público. O nome da senhora não me ficou (e se calhar devia, para não a esquecer).

Também gostaria de ter lembrado Óscar Niemyer e as suas curvas desenhadas das "mulheres que conheci e das montanhas que vejo" e tenho pena que um homem que acha que a vida tem "coisas muito mais importantes do que as festas com gente bem vestida a tentar dizer coisas inteligentes" não tenha obra visível próxima. Falei com ele uma vez sem grande oportunidade de falar de Arquitectura ou Cidade. Curiosamente, o meu filho - engenheiro - falou bastantes mais. Trabalhou até com ele.

Também lembraria uma excelente conferência de Manuel Aires Mateus, filho de um companheiro de atelier de outros tempos, que fez no fecho do ciclo das conferências "Do conceito à obra" organizadas pela "Estratégia Urbana" do Nuno Sampaio. Em cada obra mostrada, um elemento comum: o fazer urbanidade mesmo quando não há urbano para declinar. Exemplos cultos e inteligentes a marcarem a curiosidade de um percurso na articulação dos espaços livres - como na cidade, o desenho a ligar espaços públicos. E, claro, a enorme preocupação no tratamento da luz.

Mas o que me tem ficado na memória é a falta de paciência para abrir jornais ou noticiários - a sem-vergonhice tira-me do sério... ou - provavelmente mais correcto - será a mudança de paradigma traduzida na óbvia mudança de patronato?

domingo, 9 de dezembro de 2012

Vasco Massapina (1947-2012)

Morreu o Vasco Massapina. Morreu há pouco e soube-o há pouco.

Morreu um querido amigo - "para mim és meu irmão", dizia-me - e eu estou magoado, muito magoado. Com as escolhas da vida. E revoltado com aquilo que já não tem remédio.

Tivemos, temos!, inúmeras cumplicidades começadas há mais de meio-século no Colégio Militar: de gozo, de políticas, de política profissional, da política, de zacatrazes...ele é o 209 de 57. Por seu desafio e insistência, sou hoje membro do Conselho Nacional de Delegados da Ordem dos Arquitectos - "era bom que entrasses na lista, a Ordem precisa da tua experiência", disse-me. Disponível como sempre, deu-me, a cada pedido, a sua opinião sobre qualquer questão das muitas complexidades do exercício da profissão. Tive-a sempre ponderada, cuidada e inteligente - em ajudas empenhadas na melhoria da condição de prestação profissional dos Arquitectos e na exigência da Arquitectura.


Falamos longos tempos sempre ganhos da paixão Cidade - tenho sempre presente a sua tese do Tejo como centro da enorme Lisboa que queria ordenada, confortável e amigável - das políticas de cidade, das cidades generosas, da Arquitectura, das arquitecturas que gostávamos e que detestávamos, ríamos vezes sem conta entre um humor cáustico e só a vontade de rir. Detestávamos muitas mesmas coisas e múltiplos canalhas e canalhices. Ele detestava a indecência e respeitava - coisas que nos ficam do Colégio - aqueles que era suposto terem responsabilidades e serem decentes - dava-lhes sempre o seu melhor benefício da dúvida. E isso, nas descobertas da vida, aumentava-lhe a desilusão.

Do tempo do Colégio temos memórias memoráveis. Notáveis. Apesar disto e daquilo - não fomos dos "meninos da Luz" mais bem comportadinhos que por lá passaram... - gostámos os dois do tempo que lá passámos. O Vasco sempre gostou muito de cavalos - galopava em voltas à pista de atletismo com cronometragem do Pica - e teve sempre o desgosto de, ao contrário de mim, não ter feito parte da Escolta a Cavalo por causa das sofríveis notas de comportamento. "Como é que tu conseguiste?!", "Porque só me portei mal depois de ter entrado", respondia-lhe e ríamos como se tivesse sido um golpe genial. Como se os tivessemos fintado. E quantas fintas lhes fizemos... à cãozoada, à sargentada. Bons tempos que recordávamos com gosto e gozo. O Vasco gosta muito do Colégio! E tinha particular gozo em ir ao Colégio com netos, ao sábado de manhã, para os treinos de pentatlo - "a minha neta pode vir a ser grande atleta, é uma ganhadora", dizia-me com ar babado de avô orgulhoso.

Participei na sua equipa que fez o projecto - um desafio do Raul Passos então general director - para o novo pavilhão desportivo do Colégio. A regra que impusemos foi simples: aqui só entram ex-alunos (de preferência do nosso curso) e filhos de ex-alunos. E assim o projecto foi feito com os nossos filhos, o João (arquitecto) e o Raul (engenheiro) e mais uma série de amigos e camaradas - o Adão, o Amarela e outros mais novos - numa equipa de primeira. Foi um empenho sério, pró-bono e com um único objectivo: possibilitar ao Colégio um instrumento de grande qualidade num edifício capaz de significar o "nosso" espaço. Ficou um bom projecto que, um dia, espero que seja construído para fechar o círculo - desenho e construção - da Arquitectura.

Desde que adoeceu, bateu-se como um leão - não queria que o visitassemos, não queria que o víssemos "assim". Com pena, respeitei-lhe a vontade - fisicamente recordo-o como pretendeu, saudável.

Esteve sempre disponível para os amigos, tinha da camaradagem um conceito que ultrapassava a solidariedade. Vou sentir muito a tua falta, Meu Amigo. Zacatráz!


sábado, 8 de dezembro de 2012

Passo certo

Cada vez que ouvejo a tv, que leio jornais, que leio ou ouço qualquer media desde youtubes a sites e me aparecem gajos a falar das qualidades da situação, lembro-me sempre daquela embevecida mamã em alto, empertigado e bom som: parece impossível, só o meu filho é que vai com o passo certo!

É a perspectiva, querida, a perspectivazinha ... não é o passo nem o orgulho de mamã.

E os que ouço, ouvejo ou leio têm da perspectiva uma ideia fugaz. Como se o mundo fosse resultado da água doce das suas teorias.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O grande "capitão"

O grande "capitão" do Sport Lisboa e Benfica e da selecção de Portugal, Mário Coluna, foi distinguido com o Grau de Mestre em Liderança Desportiva pelo ISCTEM moçambicano. Melhor reconhecimento de um notável "capitão" não conheço. A notícia encheu de alegria.

Mário Coluna foi para mim - que fui "capitão" de equipa em três equipas de modalidades diferentes (futebol no Colégio Militar, rugby no CDUL e ténis no Olaias Clube) - sempre uma referência da qual tirei as mais variadas lições para poder aplicar nas minhas funções. Como espectador do estádio da Luz pude perceber a importância da postura de um "capitão" na produção competitiva de uma equipa - um olhar, e que olhar!, ou um gesto determinado capaz alterar as condições e dar novo rumo aos acontecimentos. E quantas vezes o Benfica e a Selecção Nacional ganharam jogos porque Mário Coluna estava ao comando...

Moçambicano de nascimento, Mário Coluna é uma referência da cultura desportiva portuguesa. Tenho por ele - o grande "capitão" - uma enorme admiração.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O silêncio é de ouro?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Arte de rua



"Mulher com cabeleira verde", Lisboa, "Júlio de Matos", foto iPhone

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Arte de rua

Lisboa, Artilharia Um, foto iPhone

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Que tal aprender?

A combinação de austeridade e crescimento é a melhor maneira de superar os desafios colocados por uma crise. Até porque, como todos nós sabemos no Brasil, temos uma experiência em que o baixo crescimento, ao invés de diminuir o défice, o faz aumentar. Dilma Rousseff, Presidente do Brasil, Madrid, Novembro 2012

1. Porque é que ela sabe e os nossos não sabem?

Porque sabe utilizar a experiência com inteligência? Será?
Então, usem-na!

Não se aprende nada?


"O erro é achar que a consolidação fiscal colectiva, simultânea e acelerada seja benéfica e resulte eficaz. [...] Temos visto medidas que, apesar de afastarem o risco da quebra financeira, não afastam a desconfiança dos mercados."Dilma Rousseff, Presidente do Brasil na Cimeira Ibero-Americana, Cádiz, Novembro de 2012

1.Porque é que ela sabe e os nossos não sabem?
2. Se as medidas só servem para metade dos objectivos para que é que servem então?
3. O tempo da ginástica sueca - insiste! insiste! flecte! flecte! - já entregou a alma ao criador. Já lá vai.

domingo, 18 de novembro de 2012

O que a História sabe

Desenho em iPhone sobre fotografia

Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:

Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço...

Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado... é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criámos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: - Criando outros.

Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: - Sim, é impossível.

Colbert: - E sobre os ricos?

Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: - Então como faremos?

Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer, e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pagar a factura

Li em qualquer lado que a senhora alemã garantiu “um final feliz para Portugal.”. O que é que isto quer dizer na realidade do nosso dia-a-dia? Morte sem sofrimento?! Assim como acordar morto?! Garantir-nos um final feliz é tão infeliz com a tirada do nosso primeiro que, num saundebaite canhestro, clamava que “não podemos culpar o remédio pelo estado do doente”. Não pode quê?! Até o médico é responsável pelo estado do doente – bom, mau ou assim-assim - quanto mais os remédios. Não é para isso que servem remédios, médicos, enfermeiros, diagnósticos, hospitais, centros de saúde? Para a responsabilidade da interacção com o doente?

Li também em qualquer lado que os colaboradores do senhor Romney, tão garantidos da vitória, começaram nos últimos dias da campanha, pesem as evidências então já existentes, a tratar o homem por Mister President…como é que o tratam agora?

É este o problema com que nos confrontamos num custo desmesurado: fazer da realidade um wishfull thinking da realidade.

O nobel Paul Krugman definiu, em certeira imagem de relação da geografia com a ideologia económica, os economistas em dois grupos: os de água doce e os de água salgada. Em duas escolas portanto: uma cheia de teoria, equações e folhas exel e outra mais atenta ao mundo envolvente – uns com expressões matemáticas de alto nível a elaborar sobre pontos de partida sem nexo (como se pode retirar da lição a-propósito de Silva Lopes que encontrei numa madrugada num canal televisivo de cabo de que desconhecia a existência); outros atentos e preocupados com a realidade e com a certeza que as certezas da economia são puras incertezas – a mais pequena alteração das condições iniciais pode provocar efeitos imprevisíveis (por isso se fala do bater de asas da borboleta e no caos que pode provocar: é a ciência e a experiência a ouvirem o bater do mundo). Uns, cegos na confiança da certeza; outros, desconfiados da certeza.

De um lado, o olhar descuidadamente pousado na superfície da água doce que nos parece sempre previsível; do outro, o olhar atento e desperto sobre a imprevisibilidade surpreendente que conhecemos da água salgada.

De um lado a desatenção da envolvente e a envolvência na estética dos modelos matemáticos; do outro a atenção à surpresa e a preocupação da adaptação imediata.

Definitivamente a água doce nunca transportou o aviso de sabedoria de Le Carré: “uma secretária é um sítio muito perigoso para analisar o mundo.”. E por isso, nós pagámos a factura.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Há visitas indesejadas

Desenho em iPad

sábado, 10 de novembro de 2012

A caridadezinha

"Os portugueses vivem muito acima das suas possibilidades. Vamos ter que empobrecer muito, vamos ter de viver mais pobres", Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome in Público.
A senhora Jonet dirige uma organização de solidariedade social que vive da oferta de quem terá dinheiro excedentário nos bolsos - portanto dependente da capacidade financeira de cada um de nós. Mas como gosta de agradar resolveu desbocar os disparates de quem não sabe para mais - é a habitual solução de ignorante com ares de ciência: alinhar por baixo.

E não consigo compreender como pensa a senhora Jonet recolher alimentos de uma população cada vez mais pobre: será que conta com os cada vez mais ricos?

São os problemas da visão da caridadezinha treinada para adormecer de boa consciência...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vistas largas



Desenho em iPad

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Satisfação e alívio

Satisfeito e aliviado é como me sinto depois das horas de espera pelo anúncio da vitória de Barack Obama para Presidente dos Estados Unidos. Satisfeito porque sei o que posso esperar de Obama - há valores que garantirá; aliviado porque só a ideia de ter que aguentar com um tipo de quem duvido da integridade de caracter à frente da maior potência ocidental assustava - o homem é demasiado catavento para ter a responsabilidade que pretendia. E se o mundo está mal, imaginem ter de novo na Casa Branca um defensor do capitalismo de casino que nos trouxe até aqui com ricos mais ricos e pobres mais pobres - sem falar das passas do Algarve que destribuiram pelo mexilhão do meio... E mesmo as modulações que foi utilizando - marketing eleitoral oblige - com o decorrer da campanha, não esconderam a visão provinciana do mundo.
Boa sorte para Obama que será também a nossa - fico em frente da TV para ver a enorme recepção de Chicago.
Grande vitória!



terça-feira, 6 de novembro de 2012

Aves da Lagoa Pequena

Caminho

Camão, Porphyrio porphyrio


Galeirão, Fulica atra

Garça Real, Ardea cinerea.


Corvo Marinho, Garça Real e Galeirão
Corvo Marinho, Phalacrocorax carbo

Garça Real, Ardea Cinerea

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Refundação



desenho em iPad in Adobe Ideas


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Responsabilidade

Não podemos dizer mal do mundo e nada fazermos para o modificar. Paolo Portoghesi, arquitecto
Foto iPhone
Lisboa, 25 de Outubro 2012, ISCTE, "Moderno, post-moderno e contemporâneo"

sábado, 20 de outubro de 2012

Alentejo desde sempre

Nasa admite que a vida na terra pode ter começado em vila alentejana.
SIC Notícias 14h, 19/10/2012, rodapé.


Para além de uma redacção de antes de ser já o era - não fazia ideia que a vila de Castelo de Vide fosse assim tão antiga…

...gosto muito da ideia da vida ter começado no Alentejo: tranquila e com cantares de excelência.

Somos excelentes! mesmo que os troikas não gostem.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mudar é preciso

Não se muda de timoneiro a meio da tempestade.
António Borges

Não se muda de quê? A meio de quê? De uma tempestade?! Que lei é esta?!
Muda-se seja do que for quando a sobrevivência o mostrar necessário - é o que manda a inteligência e a capacidade de decisão. Não se muda e mantém-se o mesmo caminho mesmo que ele vá parar no abismo por estupidez, pânico, teimosia ou autismo.
Não se muda de timoneiro a meio da tempestade?!...nem os burros acreditam nisso.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Esperança não chega

Hope is not a strategy
Mitt Romney

Não sou fã do sr. Romney e, normalmente, não gosto do que diz e pensa, nem estou, embora sem qualquer hipótese de intervenção, nada interessado que venha a ser o próximo Presidente dos Estados Unidos. Mas esta frase - a esperança não é uma estratégia - tem o peso de ser verdadeira. E tendo sido dita por ele deverá ter a vantagem de ser admitida no clube dos que vêem o mundo igual. Nós não vivemos da venda de uma qualquer esperança mas sim da criação de caminhos que nos levem a resultados que nos permitirão uma vida melhor. O sr. Romney, pensando o que pensa, sabe, pelo menos, isto. Seria bom que os sócios do mesmo clube o soubessem também. Para que houvesse menor venda e melhor caminho.

ps: até no futebol da nossa selecção a esperança anda entretida a substituir o caminho da vitória...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

É o exposto

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ponte 25 de Abril


Ponte 25 de Abril vista das Docas - iPhone/desenho com Adobe Ideas


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vistas de praia

Gaivotas








Nikon D300 com Nikkor 18-200mm 1:3.5-5.6 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vistas de praia


Nikon D300

Nikon D300

Nikon D300



sábado, 22 de setembro de 2012

Vistas de praia

Rabóléu, iPhone, desenho a dedo com Adobe Ideas
Rabóléu, Nikon D300
Mar e guarda-sol, iPhone, desenho a dedo com Adobe Ideas

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Desfoques de praia


Nikon D300

Nikon D300

Nikon D300


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Vistas de praia


desfocada no mar a olhar o mar/Nikon D300

com trapos a olhar o mar/Nikon D300

 com trapos quase no mara olhar o mar/Nikon D300

domingo, 2 de setembro de 2012

Bom de ouvir

Está por provar que o sector privado, ao contrário do que se diz tantas vezes, seja mais eficaz do que o sector público.”
Paula Teixeira da Cruz, actual ministra da Justiça in 1/09/2012, Universidade de Verão do PSD

Para quem tem trabalhado anos a fio ao serviço da administração pública e sabendo das suas capacidades e potencialidades se houvesse mais atenção e menos preconceito, é muito bom ouvir afirmar assim um membro do actual Governo.

A defesa do mito que se sabe interesseiro terá agora mais trabalho para encontrar outras justificações para se fazer politicamente correcto.

E, para reflexão, vale a pergunta: que seria do país sem a sua Administração Pública?
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O disparate paga dividendos?

Disse assim o sr. Platini, presidente da futebolística FIFA:
"Sempre me opus à utilização de tecnologias, não é aos 57 anos que vou mudar de opinião."

Portanto o sr. presidente parece ignorar que o futebol é o que é graças ás tecnologias: desde a televisão ao mundo dos computadores, passando pela bilhética.
A dúvida que gostaria de tirar: como se chega ao poder de presidente pensando assim?
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Golfistas a menos

Perguntado, num programa televisivo da modalidade, sobre se 80 campos de golfe não seriam demais para um país como Portugal, um responsável de campos algarvios – onde existem metade do total – respondeu: Acho que não. Acho é que há golfistas a menos. Bravo!...

… É como se alguém, perguntado sobre se a percentagem de desempregados não seria demasiado elevada, respondesse: Não… o que acho é que há empregados a menos!

… A malta é porreira…

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mudar é agora*


O sistema está obsoleto.”, diz o presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente Moura. Concordo. Está obsoleto porque é o modelo da iliteracia desportiva portuguesa aprendida na visão salazarista do “orgulhosamente sós” a que se juntou a pesporrente ideia de que “damos lições ao Mundo”. Assim, sozinhos e superiores, tratámos, ao longo de anos e anos, do nosso Desporto. Com os resultados visíveis.

Não temos, desde sempre, objectivos estratégicos claramente definidos para construir os caminhos do desenvolvimento qualitativo desportivo. Não sabemos como nos organizarmos eficazmente. Ignorámos o que se passa por outros lados do mundo e como se constroem as suas melhorias. Apesar de tudo isto e por pura (só pode ser) acumulação de ignorância, achámo-nos formidáveis. E não somos… como mostram os resultados.

Temos uma prática desportiva fracamente generalizada – basta saber o número total de atletas federados. Temos um Alto Rendimento de resultados baixos e fracos – notem-se as qualificações possíveis para Londres que se ficaram por meros 41% de modalidades presentes ou veja-se a incapacidade de aceder aos Jogos por parte das modalidades colectivas com bola ou compare-se o nível dos nossos recordes com os recordes internacionais. Dos fracos resultados internacionalmente comparados, a excepção surge de um ou outra sobredotados que, volta não volta, marcam diferenças que nos abrem o caminho do sonho. Mas são excepções ao sistema.

Insistimos em modelos competitivos desadequados e desadaptados à competição internacional. Deixámos que a visão paroquial e os seus interesses correlativos nos limitem as decisões. Por cada sucesso vemo-nos no domínio do mundo sem saber anotar as dificuldades e as circunstâncias do percurso ou as necessidades de construção futuras. Aprendemos pouco com os êxitos ou com os erros mas achámo-nos formidáveis. E não somos.

Sou, desportivamente, resultado de um ensino exemplar da prática desportiva múltipla – Colégio Militar – que fez de muitos de nós atletas de bom nível. Sei por experiência dos bons resultados do método – e sei por isso também que só teorias absurdas e realmente desinteressadas do Desporto podem impedir que um sistema escolar desportivo tenha uma iniciação e formação desportivas de qualidade e que possa promover hábitos desportivos de bom nível que se distribuam por dois caminhos: o da prática desportiva de lazer – a tão necessária actividade física ao longo da vida – e o do desporto de rendimento. Tudo de acordo com as capacidades e interesses de cada um.

O que exige – e não haverá orelhas moucas que fiquem inocentes - uma alteração urgente do actual sistema. Passando por modificar a Missão das Federações de Utilidade Pública Desportiva focando os objectivos estratégicos da sua actividade nos resultados internacionais, garantir programas de iniciação e formação desportivos múltiplos impedindo a formação unilateral, estabelecer um sistema organizativo adequado e capaz de articular a envolvente do atleta de acordo com os princípios da responsabilidade cívica e da educação e perceber - culturalmente perceber - que o Desporto é uma actividade que se organiza pelos seus próprios méritos e que se diferencia nos métodos das outras actividades por mais semelhanças que possam ou pretendam aparentar.

O Desporto possui corpo próprio de princípios e regras que não podem ser confundíveis com outros campos ou domínios e exige os seus próprios métodos de observação, de análise e de dedução, para o estabelecimento dos seus próprios indicadores na procura dos seus próprios resultados. Altius, Citius, Fortius, sendo o lema Olímpico, explica tudo: o Desporto é um espaço de superação comparada e com o ATLETA no seu centro nevrálgico. E é também disto que o desporto português necessita urgentemente: saber colocar o ATLETA no centro das suas atenções.

*Aprendi com meu Pai, Raul Bessa (1924-1991, um dos fundadores da EDP e seu presidente durante alguns anos, o conceito: se é preciso mudar, a melhor altura é agora!


terça-feira, 14 de agosto de 2012

LONDON 2012 não acaba aqui

Terminados os Jogos que fazer para além de lembrar os recordes mundiais dos 800m de David Rudisha ou dos 4x100m das meninas dos USA ou dos super-rápidos jamaicanos ou ainda as 22 medalhas de Phelps a juntar à enorme série dos extraordinários momentos e sonhar com outros novos espectáculos desportivos de excelência?  Mas sonhar de pés assentes: pensar no que fizemos, como chegámos lá e porque temos de mudar. E pensar essencialmente no que temos de mudar, sabendo para onde mudar.
Q1 - Comparação dos resultados de Portugal com outros países europeus
O que fez o Desporto de Portugal nos London 2012? O mesmo de sempre: nada de especial com a excepção de uns ou outros que, com a excepcionalidade que nos caracteriza, fizeram o realisticamente inesperado.

Portugal ficou de novo abaixo de muita gente - mais de sessenta países melhor qualificados - mas, pior, ficou atrás de países europeus comparáveis (v.Q1).

Este quadro mostra que nos limitámos a fazer melhor do que a Áustria e do que a Grécia, mas pior que todos os outros. Quanto aos PIGS - em foco face à crise actual e á pesporrência financeira- a Itália esteve bem, 8º mundial, e a Espanha, se não tão bem com o 21º lugar mundial, mostrou-se presente e forte nos desportos colectivos. O que demonstra construção do desenvolvimento e da expressão desportiva.
Q2 - Distribuição do número de Medalhas por Olimpíadas participadas
Comparativamente com outros Olimpíadas, Portugal, ao conseguir uma medalha - a somar às 22 que foi conseguindo em 22 presenças - terá feito os mínimos, embora ficando pior do que nas participações nos outros Londres de 48, Montreal, Los Angeles, Atlanta, Sidney, Atenas ou Pequim. Mas conseguiu, na distribuição de lugares entre medalhas e diplomas o mesmo número de pontos do que os obtidos em Pequim, Sidney ou Los Angeles(v.Q3). Ou seja, fracote mas normal. Num até melhor do que o normal. Mas comparativamente com os que nos rodeiam, fraco. À nossa real - e não à nossa pretensa - dimensão desportiva.
Q3 - Distribuição de pontos de Medalhas e Diplomas por Olimpíadas participadas
Os London 2102 foram, portanto e em termos de pontos de Medalhas e Diplomas, apenas piores do que Atenas e Atlanta. Significa que afinal foi bom? Não, significa que foram o que somos capazes e demonstrador - como os outros Jogos anteriores - das nossas incapacidades desportivas.

Da nossa participação - com a presença em apenas 41% das modalidades em competição - o comportamento das modalidades foi muito díspar (v. Q4). Indo da muito boa presença - o resultado de uma bem conseguida estratégia - da Canoagem à presença notada do Ténis de Mesa, do Remo, do Tiro e, em parte, da Vela, ao desapontamento - contrariando o nosso habitual optimismo - do Atletismo, à agradável presença  Equestre com especial relevo para o Cavalo Lusitano, até aos restantes de resultados despercebidos.
Q4 - Pontos de Portugal em Medalhas, Diplomas e Semifinais, distribuídos pelas modalidades presentes
Se o Atletismo não correspondeu ao pretendido - apenas um Diploma do 7º lugar de Jessica Augusto e um recorde nacional de Vera Barbosa nos 400m barreiras - não se pode dizer que a sua presença tenha sido um desastre: a presença de diversos atletas entre o 8º e 16º lugares permitiram atingir a maior pontuação das delegação portuguesa em termos absolutos - não esquecendo que ao Atletismo cabiam 31% dos atletas presentes. A segunda presença quantitativa pertenceu à Natação - 6 nadadores masculinos e 2 femininos - que, apesar do recorde nacional de Pedro Oliveira nos 200m costas, não conseguiu, bem pelo contrário, qualquer relevo nos seus resultados. O mesmo com as esperanças do Judo - ficaram-se nas brumas.
Q5 - Eficácia (Pontos/Nº Atletas) das modalidades que estiveram em competição
Eficácia, capacidade, bons resultados foram os da Canoagem (v.Q5). Seis atletas presentes, todos premiados - uma Medalha e três Diplomas. Os melhores resultados da presença portuguesa nos London 2012. A que se seguiram o Remo, o Ténis de Mesa, o Tiro e a Vela. Com os restantes a verem-se.

As estas análises outras mais pormenorizadas e mais finas podem ser feitas. Com o objectivo de perceber o que se passou - as causas reais dos nossos permanentes fracos resultados - para encontrar as soluções que nos permitam, no espaço futuro de duas Olimpíadas, ter alguma coisa a dizer.







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