O grande "capitão" do Sport Lisboa e Benfica e da selecção de Portugal, Mário Coluna, foi distinguido com o Grau de Mestre em Liderança Desportiva pelo ISCTEM moçambicano. Melhor reconhecimento de um notável "capitão" não conheço. A notícia encheu de alegria.
Mário Coluna foi para mim - que fui "capitão" de equipa em três equipas de modalidades diferentes (futebol no Colégio Militar, rugby no CDUL e ténis no Olaias Clube) - sempre uma referência da qual tirei as mais variadas lições para poder aplicar nas minhas funções. Como espectador do estádio da Luz pude perceber a importância da postura de um "capitão" na produção competitiva de uma equipa - um olhar, e que olhar!, ou um gesto determinado capaz alterar as condições e dar novo rumo aos acontecimentos. E quantas vezes o Benfica e a Selecção Nacional ganharam jogos porque Mário Coluna estava ao comando...
Moçambicano de nascimento, Mário Coluna é uma referência da cultura desportiva portuguesa. Tenho por ele - o grande "capitão" - uma enorme admiração.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Que tal aprender?
A combinação de austeridade e crescimento é a melhor maneira de superar os desafios colocados por uma crise. Até porque, como todos nós sabemos no Brasil, temos uma experiência em que o baixo crescimento, ao invés de diminuir o défice, o faz aumentar. Dilma Rousseff, Presidente do Brasil, Madrid, Novembro 2012
1. Porque é que ela sabe e os nossos não sabem?
Porque sabe utilizar a experiência com inteligência? Será?
Então, usem-na!
Não se aprende nada?
"O erro é achar que a consolidação fiscal colectiva, simultânea e acelerada seja benéfica e resulte eficaz. [...] Temos visto medidas que, apesar de afastarem o risco da quebra financeira, não afastam a desconfiança dos mercados."Dilma Rousseff, Presidente do Brasil na Cimeira Ibero-Americana, Cádiz, Novembro de 2012
1.Porque é que ela sabe e os nossos não sabem?
2. Se as medidas só servem para metade dos objectivos para que é que servem então?
3. O tempo da ginástica sueca - insiste! insiste! flecte! flecte! - já entregou a alma ao criador. Já lá vai.
domingo, 18 de novembro de 2012
O que a História sabe
Diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, na peça teatral Le Diable Rouge, de Antoine Rault:
Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço...
Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado... é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criámos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: - Criando outros.
Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, é impossível.
Colbert: - E sobre os ricos?
Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: - Então como faremos?
Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer, e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Pagar a factura
Li em qualquer lado que a senhora alemã garantiu “um final feliz para Portugal.”. O que é que isto quer dizer na realidade do nosso dia-a-dia? Morte sem sofrimento?! Assim como acordar morto?! Garantir-nos um final feliz é tão infeliz com a tirada do nosso primeiro que, num saundebaite canhestro, clamava que “não podemos culpar o remédio pelo estado do doente”. Não pode quê?! Até o médico é responsável pelo estado do doente – bom, mau ou assim-assim - quanto mais os remédios. Não é para isso que servem remédios, médicos, enfermeiros, diagnósticos, hospitais, centros de saúde? Para a responsabilidade da interacção com o doente?
Li também em qualquer lado que os colaboradores do senhor Romney, tão garantidos da vitória, começaram nos últimos dias da campanha, pesem as evidências então já existentes, a tratar o homem por Mister President…como é que o tratam agora?
É este o problema com que nos confrontamos num custo desmesurado: fazer da realidade um wishfull thinking da realidade.
O nobel Paul Krugman definiu, em certeira imagem de relação da geografia com a ideologia económica, os economistas em dois grupos: os de água doce e os de água salgada. Em duas escolas portanto: uma cheia de teoria, equações e folhas exel e outra mais atenta ao mundo envolvente – uns com expressões matemáticas de alto nível a elaborar sobre pontos de partida sem nexo (como se pode retirar da lição a-propósito de Silva Lopes que encontrei numa madrugada num canal televisivo de cabo de que desconhecia a existência); outros atentos e preocupados com a realidade e com a certeza que as certezas da economia são puras incertezas – a mais pequena alteração das condições iniciais pode provocar efeitos imprevisíveis (por isso se fala do bater de asas da borboleta e no caos que pode provocar: é a ciência e a experiência a ouvirem o bater do mundo). Uns, cegos na confiança da certeza; outros, desconfiados da certeza.
De um lado, o olhar descuidadamente pousado na superfície da água doce que nos parece sempre previsível; do outro, o olhar atento e desperto sobre a imprevisibilidade surpreendente que conhecemos da água salgada.
De um lado a desatenção da envolvente e a envolvência na estética dos modelos matemáticos; do outro a atenção à surpresa e a preocupação da adaptação imediata.
Definitivamente a água doce nunca transportou o aviso de sabedoria de Le Carré: “uma secretária é um sítio muito perigoso para analisar o mundo.”. E por isso, nós pagámos a factura.
Li também em qualquer lado que os colaboradores do senhor Romney, tão garantidos da vitória, começaram nos últimos dias da campanha, pesem as evidências então já existentes, a tratar o homem por Mister President…como é que o tratam agora?
É este o problema com que nos confrontamos num custo desmesurado: fazer da realidade um wishfull thinking da realidade.
O nobel Paul Krugman definiu, em certeira imagem de relação da geografia com a ideologia económica, os economistas em dois grupos: os de água doce e os de água salgada. Em duas escolas portanto: uma cheia de teoria, equações e folhas exel e outra mais atenta ao mundo envolvente – uns com expressões matemáticas de alto nível a elaborar sobre pontos de partida sem nexo (como se pode retirar da lição a-propósito de Silva Lopes que encontrei numa madrugada num canal televisivo de cabo de que desconhecia a existência); outros atentos e preocupados com a realidade e com a certeza que as certezas da economia são puras incertezas – a mais pequena alteração das condições iniciais pode provocar efeitos imprevisíveis (por isso se fala do bater de asas da borboleta e no caos que pode provocar: é a ciência e a experiência a ouvirem o bater do mundo). Uns, cegos na confiança da certeza; outros, desconfiados da certeza.
De um lado, o olhar descuidadamente pousado na superfície da água doce que nos parece sempre previsível; do outro, o olhar atento e desperto sobre a imprevisibilidade surpreendente que conhecemos da água salgada.
De um lado a desatenção da envolvente e a envolvência na estética dos modelos matemáticos; do outro a atenção à surpresa e a preocupação da adaptação imediata.
Definitivamente a água doce nunca transportou o aviso de sabedoria de Le Carré: “uma secretária é um sítio muito perigoso para analisar o mundo.”. E por isso, nós pagámos a factura.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
sábado, 10 de novembro de 2012
A caridadezinha
"Os portugueses vivem muito acima das suas possibilidades. Vamos ter que empobrecer muito, vamos ter de viver mais pobres", Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome in Público.A senhora Jonet dirige uma organização de solidariedade social que vive da oferta de quem terá dinheiro excedentário nos bolsos - portanto dependente da capacidade financeira de cada um de nós. Mas como gosta de agradar resolveu desbocar os disparates de quem não sabe para mais - é a habitual solução de ignorante com ares de ciência: alinhar por baixo.
E não consigo compreender como pensa a senhora Jonet recolher alimentos de uma população cada vez mais pobre: será que conta com os cada vez mais ricos?
São os problemas da visão da caridadezinha treinada para adormecer de boa consciência...
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Satisfação e alívio
Satisfeito e aliviado é como me sinto depois das horas de espera pelo anúncio da vitória de Barack Obama para Presidente dos Estados Unidos. Satisfeito porque sei o que posso esperar de Obama - há valores que garantirá; aliviado porque só a ideia de ter que aguentar com um tipo de quem duvido da integridade de caracter à frente da maior potência ocidental assustava - o homem é demasiado catavento para ter a responsabilidade que pretendia. E se o mundo está mal, imaginem ter de novo na Casa Branca um defensor do capitalismo de casino que nos trouxe até aqui com ricos mais ricos e pobres mais pobres - sem falar das passas do Algarve que destribuiram pelo mexilhão do meio... E mesmo as modulações que foi utilizando - marketing eleitoral oblige - com o decorrer da campanha, não esconderam a visão provinciana do mundo.
Boa sorte para Obama que será também a nossa - fico em frente da TV para ver a enorme recepção de Chicago.
Grande vitória!
Boa sorte para Obama que será também a nossa - fico em frente da TV para ver a enorme recepção de Chicago.
Grande vitória!
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Aves da Lagoa Pequena
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