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Experiências de traços, cores e figuras feitas a dedo e ponta de borracha em iPad para um BOM 2018! |
O ano de 2017 acabou muito mal para a boa imagem cívica dos portugueses. Como se não bastassem os desastres incendiários, os portugueses tiveram que se confrontar - a somar à tolice do processo Infarmed (que o senhor da pasta vangloria num fazer primeiro para pensar depois) - com a péssima demonstração da sua qualidade ética e cultural no que diz respeito ao "financiamento dos partidos": uma asneirada monumental de políticos sem o mínimo de respeito por aqueles que são os seus votantes no disfarce das propostas num A, B, C com tanto de ridículo como de ignorância da regra e dos bons costumes; um disparate traduzido no chico espertismo reinante por parte de uma série de comunicadores sociais - uns jornalistas e outros nem por isso - que se mostraram, para além de profundamente ignorantes nas questões do sistema, muito mais preocupados com os acessórios de favores de 15 minutos de fama - a senhora diz que é inconstitucional e o melhor, porque dá jeito na corrida desenfreada dos tempos, é não perguntar porquê ou desenvolver qualquer investigação suplementar - do que com a análise do quadro institucional, seus defeitos e necessidades para estabelecer os domínios da clareza e transparência no respeito pelas funções de informar que desempenham.
Não sei se - dada a mudança dos números que formam o ano - se aplica o ditado de que um mal começado tardará ou não virá nunca a endireitar ou a mais global Lei de Murphy, mas, confesso, estou preocupado e um bocado farto. Porque isto - este sítio (lembrando Cardoso Pires) onde vivemos - parece em roda livre a deixar que a voragem da espuma encubra - num pouco mas suficiente elaborado truque neoliberal - as vantagens da diminuição da austeridade. Levando na onda o que ainda terá de ser feito.
E para 2018 que tal um modo de DECÊNCIA e RESPEITO?