quinta-feira, 21 de novembro de 2013

2013:Ronaldo=Bola de Ouro

Finalmente! Finalmente foi dada a possibilidade a Ronaldo de jogar como o faz no clube e o resultado viu-se: três golos e o transporte da Selecção - como o L'Equipe designa a nossa equipa - para o Mundial do Brasil.
Para além de ser um grande atleta, Ronaldo tem características óbvias que fazem dele um futebolista fora-de-série: velocidade com bola acima de uma enorme maioria de jogadores e uma capacidade acima da média dos melhores no um-contra-um, o que lhe permite ganhar a maior parte dos duelos. Isto sabido e vista a forma como marca golos atrás de golos leva a que, quando se pensa em utilizar Ronaldo numa equipa, se encontre a melhor maneira de explorar essas capacidades. E naturalmente que a primeira resposta é relativamente simples: pôr a equipa a jogar para ele. E como pô-la? Da forma que pode tirar mais partido das suas características e daquela em que ele, Ronaldo, se sente mais confortável - alguém não tira partido, em jogo ou na vida profissional de um enorme trunfo que possa ter à sua disposição? 
E desta vez foi isso que a Selecção fez, preparou-se para jogar para Ronaldo sem lhe exigir outras tarefas que o desposicionassem do caminho letal.
Sabendo, como qualquer saberia, que a Suécia teria, em posse da bola, que subir e que deixar espaço livre no seu meio-campo, o primeiro caminho estava descoberto: passes em profundidade que permitissem utilizar a velocidade de Ronaldo e colocá-lo num um-contra-um contra defesa mais guarda-redes na pior das hipóteses - e alguém teria que aparecer em apoio finalizador - ou, no melhor dos casos, só guarda-redes. E se fossem a rasgar, melhor. E foi o que se viu: recuperação e posse da bola, dois passes e Ronaldo na cara do guarda-redes a fazer golo! (só não percebo é porque andamos sempre em sofrimento quando temos as ferramentas capazes para fazer outros resultados e garantir o sossego aos adeptos...)
Não sei, nem me interessa, se Ronaldo é absolutamente o melhor do mundo. É muito bom jogador de futebol e estará sempre na meia-dúzia de super eleitos. Mas o que sei é que, este ano, a Bola de Ouro lhe deve ser atribuída: porque se fartou de marcar golos - o sal da magia do futebol - e porque levou ao colo, num hat-trick memorável, Portugal ao Mundial do Brasil.
A equação é simples: 2013:Ronaldo=Bola de Ouro

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