quinta-feira, 26 de setembro de 2019

JACQUES CHIRAC (1932/2019]


Em Junho de 2000 preparando-me, no Estádio Rei Balduíno em Bruxelas, para assistir ao França -Portugal, conversava com Jacques Delors — que havia conhecido em Lisboa quando, a convite da Câmara Municipal de Lisboa, o levei a conhecer alguns sítios notáveis de Lisboa para terminar num Benfica-Sporting na Luz onde recebeu de Eusébio a réplica da sua camisola que, aliás, logo vestiu. 

A agitação da segurança sinalizou a chegada do Presidente Jacques Chirac que veio cumprimentar Delors e, por proximidade pensei, também a mim. Trocámos palavras de circunstância mas num repente deu-se o clique entre Paris e Lisboa e os contactos então havidos sobre a gestão das cidades modernas e a conversa agilizou-se.

Com uma simpatia cativante convidou-me para o seu espaço reservado no estádio e propôs-me que fosse assistir ao jogo ao seu lado. Agradeci e acompanhei-o, tendo-lhe apenas e logo que me apercebi da situação, pedido que, apesar da honra que me cabia, me autorizasse a ceder o lugar a seu lado ao Senador francês que, concordando, ficou no meio de nós. Mas fomos mantendo a troca de opiniões sobre o jogo que, lembro, perdemos por 2-1 com o célebre penalti marcado sobre a alegada “mão” de Abel Xavier.

O momento da foto diz respeito à execução do Hino Português em que adoptei, como qualquer adepto que se preza, a posição habitual. Pelo insólito, a fotografia foi publicada em diversos jornais.

Tendo ficado, apesar do resultado do jogo, com uma boa memória daqueles momentos, fiquei profundamente marcado pela simpatia que o Presidente Jacques Chirac me demonstrou e, no dia do seu falecimento não quis, apresentando as minhas condoídas homenagens, deixar de o referir.

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