segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Falar Claro

"Public information should be made public. This public means presenting, designing and structuring this information so that it is acessible, available, understandable and free." Richard Saul Wurman in Understanding USA
Falar e escrever em português claro e entendível é uma obrigação de quem tem a função de comunicar com os outros portugueses. Como sejam todos aqueles que devem ser publicamente compreendidos.

Percebendo os portugueses que devem - por ser um seu direito - exigir compreender. Exigindo que a linguagem técnico-especializada seja apenas para técnicos especialistas e que a linguagem destinada às cidadãs e cidadãos tenha a cidadania da compreensão.

Neste campo da comunicação a proposta da Sandra Fisher-Martins, uma militante do falar claro que pode ser vista no vídeo, é um bom princípio: falar e escrever como se fosse para a própria avó. Iniciando pelo mais importante, com frases curtas e palavras simples.

Para que não haja dúvidas - nem receios - sobre as vantagens da simplicidade e clareza, Sandra Fisher-Martins cita Einstein: "se não o consegues explicar de forma simples é porque não o compreendes suficientemente."

Pois é: o pretenciosismo de falar com palavras de libra desnecessárias, do uso também desnecessário de expressões estrangeiras não passa de um disfarce de ignorância. Dando-se ares.

Falar claro torna a vida mais fácil, alarga o acesso a oportunidades, permite compreensões e decisões mais adequadas, estabelece uma relação social menos estratificada. Enfim, alarga o direito de cidadania à visão republicana da sobreposição do direito ao privilégio.

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