Colégio Militar, 28 de Maio 2014 - a partir de foto de Silva Alves |
O Colégio Militar de género misto está, num sinal dos tempos - o género feminino já conquistou nas sociedades ocidentais os direitos de acesso a todas as áreas de actividade - a que só desatentos ao mundo que nos envolve podem colocar estranheza, a tornar-se uma realidade.
As raparigas que, actualmente e na sua enorme maioria, entraram por primeira escolha para o Colégio Militar, mostram-se satisfeitas e dizem até que querem o estatuto de "internas" porque "é mais divertido!"
Mas nem tudo são rosas. Devido às péssimas decisões do Ministério de Defesa - num despautério incompetente, desproporcionado e temporalmente errado - as "Meninas da Luz" não estão nas melhores condições podendo até falar-se de segregação em aspectos que dizem respeito a espaços e acções de lazer ou fardamentos, por exemplo.
Com um início pouco brilhante e onde a Igualdade de Género ou a Igualdade de Oportunidades - valores essenciais desta nova faceta - não parecem estar devidamente acauteladas por responsabilidade das acções, repete-se, do Ministério da Defesa, espera-se que os responsáveis da Direcção colegial, da Associação de Pais e da Associação de Antigos Alunos consigam impôr as necessárias rectificações que evitem a realidade do ditado de "o que torto nasce, tarde ou nunca se endireita".
E esta mudança para o estatuto misto - ao contrário do que pretende o Ministério da Defesa - nada obriga ao desaparecimento do secular Instituto de Odivelas. Uma coisa nada tem a ver com a outra. A não ser a comando de interesses.