quinta-feira, 13 de outubro de 2016

PALMAS PARA GUTERRES

Pela segunda vez na vida vi com muita emoção uma sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. A primeira foi quando Costa Gomes, então Presidente da República, discursou e pude ver - graças ao 25 de Abril - Portugal aceite no concerto das Nações enquanto membro de plena igualdade. Nessa altura, como hoje, senti um enorme orgulho carregado de enorme emoção.

Hoje, telever António Guterres ser aclamado enquanto novo Secretário-Geral, telever a salva de palmas com que foi brindado quando da sua entrada ou nas interrupções ao seu - excelente, diga-se - discurso, foi de um orgulho muito grande.
Esta eleição de Guterres representa um novo ciclo para as Nações Unidas: pela primeira vez a eleição foi realizada de acordo com os princípios da transparência. Quem quis soube ao que ia cada um dos candidatos e Guterres foi exemplar na construção da sua candidatura.
O seu anterior exercício de Comissário para os Refugiados dá-nos a certeza das suas capacidades e da tenacidade (ou resiliência) que porá no exercício deste cargo impossível como lembrou a Embaixadora americana. E também a certeza que não o exercerá sentado mas nos sítios necessários à sua influência. Em combate pelos princípios que enunciou.
O humanista Guterres tem as condições e convicções para que nos possamos vir a orgulhar do seu mandato. E uma certeza podemos desde já avançar: o seu exercício como o seu final serão de uma clareza de prestação de serviço a toda a prova. E ficaremos ainda mais orgulhosos com o legado transformador que este português deixará nas Nações Unidas.
Uma salva de palmas!

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