sábado, 31 de dezembro de 2022

BOM 2023! BOM NOVO ANO!


Que no Novo Ano de 2023 o Ocidente, ampliando o seu apoio, consiga empurrar definitivamente a invasora Rússia de Putin e acabar de vez com a bárbara e criminosa carnificina sobre o povo ucranaiano. Que a nossa solidariedade, independentemente das dificuldades que nos possa trazer, seja a garantia de que os corajosos ucranianos nunca tenham de se render.
E assim caminharemos para um BOM ANO de 2023!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

BOM NATAL 2022


 

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

JUVENTUDE PERDIDA

A morte de A RAINHA provoca-me, para além de um sentimento de perda — apesar de republicano sempre admirei as enormes qualidades e a decência que demonstrou durante 70 anos de influente reinado — a estranha sensação de ter terminado a minha juventude.
Enquanto A RAINHA viveu e pelo facto de ter tido a sua figura presente em toda a minha vida — tornou-se Rainha quando eu tinha 5 anos — tive sempre a sensação, pelos 21 anos que nos separavam que, pelas actividades e responsabilidades que mantinha na sua provecta idade, me marcava uma fronteira de capacidade jovem. Infelizmente o vazio que nos deixa atira com o bom exemplo para as lembranças que conseguirmos guardar, na presença que já não temos. Provavelmente, porque se foi a presença, é isso que sinto como perda de juventude…
A minha avó, embora galesa e com pouco afecto pelos ingleses que lhe usurpavam o país, tinha por ela grande consideração e, por isso, levou-me, ainda eu não tinha feito dez anos, ao aeroporto de Pedras Rubras para ver A RAINHA quando em 1957, visitou o Porto. Pela impressão com que então fiquei, é uma recordação que mantenho viva.
Com A RAINHA aprendi, pela sua referência ao “duty first, self second” que lhe terá, ao que parece, sido transmitida pelo seu pai, o verdadeiro significado e dimensão do lema SERVIR com que fui educado no Colégio Militar. Percebi que SERVIR não era o sim-senhor, obediente e acrítico como alguns pretendiam, mas a disponibilidade responsável de serviço. Embora este entendimento me trouxesse toda a sorte de problemas com os autoritários medíocres do costume, ganhei no saber estar profissional e social.
Tinha A RAINHA um notável sentido de humor que exercia de acordo com o seu “Let us not take ourselves too seriously. None of us has a monopoly on wisdom”. Quem faria, nas comemorações do seu Jubileu de Platina, uma rábula de hora do chá com o urso Paddington a mostrar-lhe(nos) a sanduíche que transportava na mala para uma possível emergência?… ou o recurso a outra rábula com Mr. Bond para a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres…
Não sendo de menos, pela atitude que demonstra, o facto de ter sido mecânica voluntária de veículos militares durante a Grande Guerra, A RAINHA tinha ainda, como todos reconhecemos, uma paixão por cavalos — como membro da Escolta a Cavalo do Colégio Militar tínhamos na sua Guarda, entre o vermelho deles e o nosso castanho, um bom modelo de garbo e aprumo. Não gostava apenas das diversas formas do hipismo, gostava de Desporto em geral como demonstrou com a passagem de um documentário apresentado publicamente no seu Jubileu de Platina onde homenageava atletas e equipas masculinas e femininas de acordo com a sua ideia de que “Sport has a wonderfull way of bringing together people and nations”. Para além da sua presença em diversos momentos desportivos, desde sempre que galardoou diversos desportistas pelos serviços prestados como no caso do Rugby em que Sir Gareth Edwards de Gales, Sir Clive Woodward de Inglaterra, Sir Ian McGeechan da Escócia ou Sir Graham Henry da Nova Zelândia foram, entre outros, nomeados, pelos Cavaleiros Britânicos.
Apesar dos seus  96 anos, a sua morte, se não é uma surpresa inesperada, não deixa, como ela justificou no seu “grief is the priece we pay for love”, de me causar — no simbolismo do seu reinado e legado de influência mundial e que define uma época — uma tristeza que poderia considerar quase familiar.
Que descanse em paz!

 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

HIJOSDEPUTA

Denunciar os gerontocidas

Podia lembrar a estes gerontocidas — assassinos ou proponentes de morte aos velhos — e a quem os apoie que, dada a sua circunstância e para mostrar a sua clara adesão aos princípios que apregoam, poderiam mostrar-nos o exemplo do seu suicídio. Mas não quero ir por aí...
... lembro apenas que quando festejei os 75 anos que cumpri no passado dia 25 de Abril e no almoço que fiz com o meu filho, minha filha, minhas netas e neto e na conversa sobre idades, velhices e etc. que tivemos, falei-lhes do meu propósito de viver até aos 100 anos. Que iríamos comemorar o meu século como estávamos a comemorar o meu três-quartos de século, vivos, contentes e bem-dispostos, a que juntaríamos bisnetos. Concordámos todos que iria ser assim.
Por isso senhores gerontocidas preocupados com a riqueza do mundo dos ricos, não se safam: ainda tenho muito futuro pela frente para vos estragar os planos. Vou viver até aos 100 anos e, mesmo que vocês não gostem, a continuar a gozar dos meus direitos de velhice.

Nota: as mães destes energúmenos nada têm a ver com o assunto e são ou foram, com certeza, senhoras sérias. O problema é mesmo deles próprios!
 


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

FERNANDO CHALANA, O PEQUENO GENIAL - 1959/2022



Vi jogar Chalana diversas vezes quer pelo SL Benfica, quer pela Selecção Nacional — era um jogador fabuloso! Dito canhoto jogava com qualquer dos pés com a mesma facilidade e sem que a decisão lhe atrasasse o processo de ultrapassar o adversário. Vê-lo jogar era um prazer tremendo.

Mais tarde, conheci-o pessoalmente. Apareceu, pela mão de alguém da equipa, no Estádio Universitário onde eu treinava a equipa principal do Grupo Desportivo de Direito e pediu para “treinar” connosco. Não que quisesse iniciar-se como jogador de rugby, mas porque queria manter a actividade física. Claro que foi imediatamente aceite e lá alinhou nas partes do treino em que a maior preocupação era a melhoria da condição física. Não sem uma condição prévia: ensinar os pontapeadores de serviço a chutar. E a facilidade com que ele o fazia… bola redonda ou oval era, nos seus pés, a mesma coisa. Alguns dos pontapeadores melhoraram com ele, com os conselhos que lhes deu… 
Muito simpático, gostávamos dele. Um formidável! Inesquecível!

domingo, 15 de maio de 2022

PAULO GIL: VIVEU COM JAZZ, MORREU COM JAZZ

fotos JPBessa
Amigos e companheiros de diversas andanças — direcção do Hot, programas de rádio, textos, concertos ou jam sessions de muitos e bons músicos ouvidos em mútua companhia (até lhe desenhei um símbolo para a sua bateria), longos momentos a gozar a vista da varanda de sua casa ou em férias familiares em conjunto no Algarve 
 
para chegarmos com a família à praia algarvia— uma pequena enseada de descida difícil — éramos obrigados a atravessar propriedades de outros (Valentim de Carvalho?) mas tínhamos a vantagem de, só pela vista da composição do grupo, da dimensão do areal e do trabalho descida/subida, ficar com a praia só para nós. O que permitia, naqueles tempos, que as senhoras se colocassem no à-vontade de mamas ao léu. Um dia, lá do alto da falésia, ouvimos voz grossa da GNR: “Ó senhoras! Não podem estar assim! Têm que pôr os sutiãs!”. Estranhámos a preocupação vinda de tão elevada moral pública, e, o Paulo e eu, pusemos os sutiãs das senhoras e perguntámos lá para cima: “E agora? Está bem assim?”… e nunca mais vimos os GNR durante o resto das férias.

— temos boas memórias e muitos e bons momentos conjuntos. E por maior que fosse o intervalo dos encontros a que a vida nos obrigava, era sempre com a proximidade do ontem que nos reencontrávamos.

Charlie Haden, Carlos Paredes e Fernando Assis no Hot com o Paulo
no canto em que, quando não tocava, gostava de ouver
(foto de JPBessa)
Isto de se ir avançando na idade tem o seu lado terrível: à medida que avançamos, vamos perdendo os amigos de sempre com enorme sofrimento. É a vida, sabias? dizem-nos. Pois é, mas a Natureza podia arranjar as coisas de outra maneira… é idiota ficarmos mais velhos e vermo-nos com menos amigos…
O Paulo ficará sempre e de cada vez que o jazz soar a primeira nota, nas minhas melhores memórias, recordando até, quando o ritmo assim o exigir, o raspar das baquetas no tecto do Hot porque a bateria, nos seus pratos e peles, se mostrava curta para garantir a criatividade. Bons gozos jazzísticos…
Com a Nossa Memória, até sempre, Paulo!



quinta-feira, 21 de abril de 2022

SELO UCRANIANO

Vai-te f****, navio russo! (autoria:Borys Grokh)

 

domingo, 17 de abril de 2022

PÁSCOA 2022

 


terça-feira, 5 de abril de 2022

LEMBRAR O PERCY

 O Percy Vale D´Asseca morreu faz hoje um ano. Ainda não me adaptei e tenho enormes saudades dele.







A sua simpatia, amizade e companhia fazem-me muita falta… Tenho sempre muito presente este gato meu amigo..


segunda-feira, 14 de março de 2022

GLÓRIA À UCRÂNIA



O nosso maior poeta de todos tempos, Luís de Camões, estaria - como nós portugueses estamos - solidário convosco, ucranianos.
E com o poeta lembrámos.  Quem quis, sempre pôde.
E vocês ucranianos, podem!

quinta-feira, 3 de março de 2022

O DESPORTO NÃO É NEUTRO

Texto publicado no Público

O desporto não é neutro


A invasão da Ucrânia levada a cabo pelas forças russas subordinadas ao comando absoluto de Putin, trouxe novamente à luz do dia a memória europeia do que tínhamos já e apenas como trágicas e dolorosas lembranças. O 24 de Fevereiro tornou numa terrível realidade quotidiana o que julgávamos irrepetível. Porque a realidade é esta: estamos em guerra — G-U-E-R-R-A! — e Portugal está directamente envolvido, quer pelo uso da base das Lajes, quer pelos nossos soldados que avançam para uma eventual primeira linha de combate.

O Desporto sempre foi um elemento fundamental de afirmação de povos e países e constituiu assim uma arma muito importante no domínio da diplomacia. Em 2013 e para evitar o afastamento da luta greco-romana dos Jogos Olímpicos, três nações juntaram os seus melhores atletas e participaram numa demonstração em plena Grand Central Station em Nova Iorque. O pormenor da importância deste evento na história do desporto mundial foi o dos seus actores terem sido os Estados Unidos da América, Rússia e Irão. Este evento demonstrou a importância do desporto na sociedade contemporânea e a força que o mesmo tem para superar diferenças de natureza política e diplomática.

Em 1948, noutro hemisfério, a África do Sul iniciava o período mais negro da sua história com a instituição do Apartheid, só terminado em 1994. O râguebi, pelos seus valores, sempre se mostrou capaz de estar do lado certo da história e proibiu a presença dos “springboks” nas duas primeiras edições do Campeonato do Mundo — 1987 na Nova Zelândia e 1991 na Inglaterra. O mundo deixava claro ao governo sul-africano que não tolerava políticas, fosse qual fosse o disfarce, objectivamente racistas. Em 1995, já sem apartheid, o mundo assistia a um momento único de magia e união dada pelos sul-africanos, inspirados pela presença nas bancadas de “Madiba” com a camisola n.º 6 do seu capitão.

Chegados a 24 de Fevereiro o mundo assiste, atónito e num misto de surpresa e medo, a uma invasão injustificável sob qualquer ponto de vista. Aquilo a que estamos a assistir na Ucrânia é uma invasão às fronteiras — essas linhas vermelhas da decência — da humanidade e da democracia. Esta invasão, apesar da admirável coragem do povo ucraniano, nunca se resolverá pelas armas. E, infelizmente, o desporto percebeu isso tarde. Ter sido possível realizar o jogo de futebol Betis-Zenit não causou estranheza, nem indignação. Dois dias mais tarde, e novamente em Espanha, realizou-se em Madrid um Espanha-Rússia em râguebi. Os responsáveis espanhóis invocaram para a realização do jogo, que lhes daria o título europeu, a desculpa esfarrapada de que as russas já estavam em Madrid há quatro dias e por isso — pasme-se — seria injusto não jogarem. Outros episódios se irão suceder e este não é tempo de ficar em cima do muro, até porque o tempo é de trincheiras. Não é tempo de recomendações, não é tempo de agradar a patrocinadores com camuflagens de não se tocarem hinos. É tempo de decisões!

O desporto não é neutro e isso deve obrigar a uma imediata suspensão de todos os atletas que representem a Rússia, joguem onde jogarem, das suas equipas e das suas selecções. E mesmo o actual n.º 1 do ranking ATP, Daniil Medvedev, ao dizer-se favorável à paz, não deveria, como demonstrativo e real protesto contra o assalto que o seu país está a levar a cabo, comparecer em qualquer torneio. É inadmissível continuarem a competir enquanto a paz não for decretada. E é por isso que nos congratulámos — embora pecando por tardias — com as decisões de suspensão da Rússia e Bielorrússia assumidas por diversas federações desportivas internacionais.

Dirão muitos que isto pode tornar-se numa caça às bruxas. Responderemos que a época de caça foi aberta a 24 de Fevereiro na Ucrânia com balas verdadeiras, com perdas de vidas humanas, com famílias destruídas e deixadas ao abandono da sua sorte. As balas disparadas pelo Desporto serão apenas sinais de fumo que podem contribuir para a sensibilização do povo russo para a rejeição interna desta enorme atrocidade.

Não há desculpas, o desporto tem de ser exemplar na aplicação das medidas sancionatórias, dando um sinal claro ao povo russo que se encontram do lado errado da trincheira e, ao mesmo tempo, mostrar a solidariedade que permita a esperança ao povo ucraniano.

A Humanidade agradece.

domingo, 6 de fevereiro de 2022

MUITO TRISTE POR TI, RAYAN

 


Morreu o Rayan.

Passei horas nestes últimos dias a olhar para o ecrã da televisão a fazer força por ti, sempre na esperança de te ver a ser retirado do poço. Cheguei a ter enormes esperanças quando percebi que estavas a ser retirado. Cheguei a rir. Satisfeito e aliviado. Afinal…

Infelizmente a situação nada tinha de esperançosa. O Rayan já estava morto…

Estou triste! E tenho muita pena. Dele que não precisava de passar estes 5 dias em sofrimento e dos pais dele que devem estar completamente destroçados.

sábado, 1 de janeiro de 2022

2022 PARA TRATAR O COVID POR TU

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