quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Relva Artificial

No jornal A Bola e a propósito do mau estado da relva de Alvalade, Ernesto Ferreira da Silva – na provavelmente melhor descrição publicada na imprensa portuguesa – e José Manuel Delgado, vêm falar das relvas artificiais, das suas vantagens e do seu mais que provável futuro. Na Medida Desporto do QCA III e desde 2000 que apoiámos a colocação de relvados artificiais. As razões: maior utilização – disponibilidade de 24 horas diárias contra 10/12 horas semanais dos relvados naturais (o número de utências é esmagadoramente superior bem como a sua variedade); menores custos de manutenção; menor necessidade de água (um bem cada vez mais precioso). Para além disto – que se traduz numa regra simples: se a utilização de um relvado natural significa custos, no relvado artificial os custos estão na sua não utilização – o desenvolvimento actual da relva artificial não deixa dúvidas sobre a qualidade do jogo possível. Mas para que assim seja – consultar o site da FIFA - devem ser verificados os procedimentos que então definimos e utilizámos. Em 5 passos sequenciais:
  1. Considerar apenas produtos de fabricantes certificados pela FIFA (propósito: garantia de qualidade e responsabilidade);
  2. Dentro dos produtos destes fabricantes considerar apenas tipos de relvas instalados em campos já aprovados por testes efectuados por laboratório acreditado na FIFA (propósito: responsabilização do instalador);
  3. Analisar as propostas das relvas assim apresentadas com base na relação custo/benefício (propósito: comparar e adequar);
  4. Escolher a relva a aplicar e garantir os necessários contratos de manutenção até haver - se for o caso - pessoal treinado e capaz de garantir uma manutenção qualificada (propósito: assegurar a manutenção e a durabilidade da instalação);
  5. No final da montagem efectuar, por laboratório credenciado, os testes de acordo com o Protocolo aprovado pelas instâncias internacionais - FIFA, IRB, FIH (propósito: garantir a aceitação da obra de acordo com as exigências pretendidas)
Com estes procedimentos foram realizados na vigência do QCA III, 77 campos em relva artificial assim distribuídos: 26 no Norte; 10 no Centro; 15 em Lisboa e Vale do Tejo; 16 no Alentejo e 10 no Algarve.

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