quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Pedroto, 25 anos

Conheci pessoalmente José Maria Pedroto nas mesas do café Orfeu na portuense Júlio Diniz ao lado da Rotunda da Boavista. Juntamente com Nuno Brás passávamos horas à conversa – ele queria saber de rugby e eu aprendia futebol e treino. Pedroto era um homem inteligente, culto, arguto e profundo conhecedor da natureza humana. Por isso deu dimensão ao “seu” Futebol Clube do Porto.

Dele se contam inúmeras estórias – algumas delas já na dimensão mitológica de que nunca se saberá a verdade verdadeira. Vão desde o “também está bem!” depois de diversas repreensões a um jogador recém-chegado que, depois de boas fintas, incapaz de centrar, rematava violentamente para as nuvens – até que acertou na baliza e fez golo… Mas verdadeira é a contada recentemente (entrevista ao Diário de Notícias) pelo prof. José Neto, seu colaborador e amigo: Fernando Gomes, o bi-bota, tinha feito uma primeira parte nem para suplente à garrafa de água; no balneário, Pedroto, pior que estragado (imagino), mandou-o desequipar-se e tomar banho. Terminado o intervalo, apito do árbitro a chamar e Pedroto a avisar “entramos atrasados” para dizer em direcção aos chuveiros “Fernando, equipa-te, entras a jogar a 2ª parte”. Imagine-se o jogo que Gomes terá feito!
José Maria Pedroto, muito saber. E um grande treinador. Aprendi muito com ele.

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