Morro bem. Salvem a Pátria não terá dito Sidónio Pais (1872/1918) aos que o seguraram após os tiros na lisboeta estação do Rossio – invenção afinal do Repórter X* para jornalisticamente dramatizar.
Do primeiro, pouco nos contaram – vida, obra, ideais para além do republicanismo.
Do segundo, pretende-se sempre contar mais – servindo o mito para ilustrar o exemplo da boa governança direitista e patrioteira. De verdade, verdade, nada sei dele para além do que a propaganda ditou. Por acaso, mesmo por acaso, sei que era casado com uma irmã do meu bisavô. Por razões que desconheço – mas de que tenho suspeitas – o tema nunca foi falado lá em casa.
Mas o mito impera: Morro bem. Salvem a Pátria.
Com curiosidade espero a leitura do livro de José Jorge Letria para ficar a saber mais.
*Reinaldo Ferreira