Aprendi cedo que "o respeitinho é muito bonito". E só não sigo o conceito quando não quero respeitar - acontece algumas vezes e não alinho muito na ideia de dar a outra face (prefiro, à medida que idade avança, virar as costas...). Mais do que nas relações quotidianas dos círculos habituais - onde haverá uma maior "largueza" nos padrões comportamentais - as relações formais devem garantir um princípio de boa-educação evidente.
E não é isto quer temos visto nos últimos tempos. O que me incomoda e me indigna.
Parece moda: o primeiro-ministro é mentiroso! o ministro tal, mente! Bom, então provem a mentira e exijam a sua demissão; se não forem capazes, calem-se e usem a linguagem devidamente respeitosa que a cultura democrática exije. O fatinho, as risquinhas, a gravatinha, não dão qualquer previlégio - nem sequer de recorrer ao ar pretencioso de professor com fala do alto da burra.
A Democracia - que vive da discussão, do contraditório, da colocação de distintos pontos-de-vista, da troca de ideias- exije comportamentos adequados
Importam-se, portanto, de garantir a Democracia como um espaço decente? ... Para que possam ser respeitados.