11 de Novembro de 2010 -f oto de telemóvel |
Lisboa, depois de o ver resolver o Chiado, os Terraços de Bragança, a estação de Metro Baixa/Chiado e o deslumbrante pano de tenda que articula a passagem dos deuses com a porta dos humanos do Pavilhão de Portugal, assegurou Siza como um dos seus. Da sua comunidade académica, científica, artística. Do seu quotidiano.
A arquitectura de Siza é um enorme caderno cultural – da cidade de onde vem, do país a que pertence, dos caminhos que percorre. Passear pelas suas obras exige uma predisposição – um fascínio até – para se deixar surpreender: num pormenor do desenho, num pormenor construtivo, na junção de dois materiais, num alinhamento que abre diferentes perspectivas à interpretação da envolvente, à visão de integração urbana ou na abertura de novas vistas até então insignificantes. A arquitectura de Siza junta-nos num complexo de momentos inesquecíveis que aceleram o passado - da história e das muitas estórias do lugar - com o futuro que nos propõe.
Esperança foi a palavra que fechou a sua alocução.
Museu Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, Brasil; 1998/2008 |