Conheci D. José Policarpo em Roma em salas e corredores de espaços do Vaticano quando lá fui para a mudança de posição do túmulo de João XXI, o nosso Pedro Hispano, na Catedral de Viterbo em Março de 2000. Numa das conversas de corredor e a propósito do livro comemorativo pelo qual eu tinha sido responsável, disse-me: olhe que eu não sou dom, você cometeu um erro. Ainda não sou o Patriarca de Lisboa. Que não é erro, disse-lhe eu, não é, mas vai ser dentro de dias e é como se já fosse. Sim, mas não devia pôr dom... Com a continuação da conversa fiquei logo com a ideia que estava perdoado.
Participamos em boas, grandes e interessantes conversas que prolongavam - com as devidas interrupções pela sua necessidade de fumar um cigarro - as refeições, sempre rodeados por batinas debroadas com diferentes cores de filetes de altos dignatários eclesiásticos.
Encontramo-nos uma e outra vez em cerimónias públicas. A última vez na Sé, ele para uma cerimónia e eu para uma nova visita.
Sempre o vi como pessoa culta, tolerante e atento ao mundo. Boa pessoa. Foi bom tê-lo conhecido.