Depois de ter ido, chega e diz: estou a caminho da sabedoria. Óptimo caminho da sabedoria este, depois de ter deixado famílias à míngua e ter partido para outra casa a garantir que os dias do mês são muito mais pequenos do que o salário internacional que recebe. E não satisfeito cita um americano para dizer que tudo vai continuar como dantes porque "é mais fácil fazer do que desfazer" (cito de cor). Claro que é assim senhor ex-ministro, mas por razões contrárias às boas intensões que o senhor pretende que transporta. É, aliás, por saber isso, porque a corporação dos interesses não deixa mudar o que decidiram impor a favor dos interesses do comando financeiro mundial, é que o actual Governo decide às escondidas. E nós cada vez piores... Embora outra luminária venha dizer que piores sim, mas que Portugal está melhor...
Mesmo quando o pretencioso do senhor PM - do qual não se conhece qualquer produção intelectual relevante - entende tratar os autores do Manifesto como "aquela gente" a que se juntou mais uma data de gente intelectual e culturalmente capazes a dizer que o caminho que seguem estes bandos neo-liberais não tem saída, que é errada a solução, digo eu, dos defensores dos interesses instalados da venda a retalho e da diminuição - para óbvia submissão - da qualidade de vida a que se junta o brutal desaparecimento do rendimento descricionário da classe média atirada para o canto das coisas sem utilidade.
E pior ainda, é que os temos de aturar com aquele insuportável ar grave de bem falantes convencidos.
E vamos ter que os aturar durante muito mais tempo?