O final é conhecido, resultou no Euro sanduíche: derrota à entrada, derrota à saída contra os mesmos gregos e da mesma maneira. Ainda hoje tenho enorme amargo de boca da lembrança do desperdício de uma oportunidade que não retorna - tudo se ficou por marquetings saloios, num sempre em festa irresponsável. E desportivamente com erros elementares - como se a organização da festa nos garantisse o direito ao título.
Dez anos depois, igual... mas no Brasil. O desastre dos 7-1 do Brasil do sr. Scolari contra a Alemanha devem colocá-lo no plano onde deve estar: treinador banal que vive de auréolas exteriores à capacidade de pôr uma equipa a jogar de forma a garantir a máxima eficácia dos jogadores que a compõem e a melhor capacidade para anular as vantagens do adversário. Que é o que lhe compete enquanto treinador. O que a este alto nível significa demonstração prática de inteligência estratégica e táctica. Coisa de que nada se viu como demonstram os erros cometidos contra a Alemanha: assim como se as rezas garantissem o título tido por direito - Deus, existindo, não tem por missão tratar daquilo que é, no campo desportivo, exigência humana.
Decididamente não gosto do sr. treinador Scolari e não lhe perdôo a derrota de Portugal na final do Euro 2004 - da qual me vou lembrar para o resto da minha vida: sentado na bancada com a família a ver a ineficácia...
Para o Brasil espero que esta derrota lhes permita reconhecer os erros do sistema do seu futebol - muita coisa está obviamente errada e as vozes que o denunciam devem agora ser melhor ouvidas. A derrota é brutal mas permite a mudança. Agora e acertada e aos que hoje choram o vexame, cabe a exigência.