quinta-feira, 31 de março de 2011

Prémio Pritzker 2011 para Eduardo Souto Moura


Quando as três equipas do futebol nacional – Porto, Benfica e Braga – se qualificaram para a continuação das provas europeias, não faltou gente também qualificada – assim género futebol a actividade exportadora de excelência – que não chamasse a atenção para o facto de o futebol português se estar a portar melhor do que o país. Mostrando-se exemplo de sucesso. A copiar.

Faltou dizer, claro, que eram apenas como o país, conseguiam resultados ficando a dever… quer dizer elevando a sua dívida soberana e sem mostrarem perceber como a irão abater.

Exemplo, portanto, um pouco pífio.

Exemplo para o país, este sim e a pedir meças às melhores razões, está na Arquitectura Portuguesa!

Num país de 10 milhões, dois portugueses foram galardoados com o Prémio de Arquitectura mais importante do mundo: o Prémio Pritzker.

Apesar de, com a sujeição a uma lei que os tornava uma espécie de simpáticos e tolerados proscritos – o famigerado 73/73 e que só viu o seu fim em 2009 – e que colocou a produção de arquitectos limitada a uns 5% da construção nacional, a Arquitectura Portuguesa tem-se portado melhor do que o país: tem obra no estrangeiro, ganha concursos internacionais e agora junta ao Pritzker de Álvaro Siza, recebido em 1992, o de 2011 para Eduardo Souto Moura… e faço ideia da alegria que os dois mostraram quando se encontraram num abraço de laureados.

Souto Moura, excelente premiado, lembrou, solidariamente, os jovens arquitectos à rasca.  À rasca porque não há trabalho e o que há paga-se - quando se paga - tarde e a más horas.

Resta a emigração…

Estádio de Braga, desenho de Souto Moura
...abençoado Portugal...

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