quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Explicações se fazem o favor

Não consigo entender.

O mesatenista João Monteiro acusou os árbitros olímpicos de o terem prejudicado porque, ao que li, "começaram a tirar-me pontos no meu serviço porque o meu dedo estava para dentro e devia estar para fora".

Percebo pouco de ténis-de-mesa, fiquei-me pelo ping-pong do Colégio, da Gândara e, mais tarde, do Jardim Cinema onde as regras eram fáceis: bola na mesa e contar até aos vinte-e-um.

Mas há raciocínios que sei fazer. E das duas, uma:
ou
- existe uma regra que impede a colocação do dedo na posição referida e, assim sendo, não se percebe como pode um atleta apresentar-se em Olimpíadas com um erro faltoso que, obviamente e logo à partida, lhe retira capacidades competitivas;

ou
- ter-se-à tratado de um abuso dos árbitros que, por intolerável, seria passível de protesto ou recurso junto dos responsáveis da competição - juíz-árbitro, comissão de recurso, etc. O que sabemos não ter sido feito embora também saibamos que a figura de protesto ou recurso existe (Japão na ginástica, Portugal no match racing da vela).

Em qualquer dos ous, a resolução do problema pertence à casa: ou ao jogador e sua equipa técnica ou a responsáveis da Missão portuguesa presentes no local das provas.

E seria bom que houvesse uma explicação clara: atleta ou árbitros? A que se deveria juntar uma outra explicação: em que condições e porque foi apurada para a nossa representação olímpica a velejadora Carolina Mendelblatt que decidiu não participar nas provas?




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