1º - É natural que um Governo democraticamente eleito queira governar com um orçamento feito por si, à medida das suas opções e que lhe permita cumprir o programa com que se apresentou ao eleitorado. Normal, portanto;
2º - Um Governo em minoria tem - pode ter - que se sujeitar às oposições presentes na Assembleia da República. Também normal;
3º - A AR pode portanto e através de coligações (normalmente negativas dada a demasiada distância positiva existente entre partidos) pretender que o Governo governe com diferente Orçamento. Menos normal, mas acontece;
4º - Ao Governo assiste legitimidade para, desistindo, colocar a procura de soluções nas mãos do Presidente da República. Probabilidade aceitável.
Este é o cenário que qualquer lógica de aprendiz percebe.
Não podendo, pela demasiada distância positiva existente entre partidos, fiar-se nas vantagens de uma moção de censura mas juntando forças para a desistência do Governo e fazendo figas para que ao Presidente da República não passe a ideia de convocar eleições, as senhoras e senhores deputados, não se interrogando no porquê de fazerem o que fazem, movem-se na miragem de uma coligação governamental que sirva os seus interesses. A bem da Pátria, claro.
Este é o sonho da cegueira que provoca duas leis sobre o mesmo assunto.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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