O edifício da Praça da Alegria ardeu e a cave do Hot afogou-se em água. Agora falta saber das hipóteses de recuperação do edifício. Seja como for, a cave, a velha cave das imensas memórias de gerações, foi-se. Fui lá director anos seguidos com o Paulo Gil, José Soares, Dário Romani, Chico Almeida, José Duarte e outros que maldosamente a memória não garante. Foi lá que aprendi (?) a ser barista. Que conheci o Villas. Foi lá que passei noites infernais. Memoráveis. De Tete Montoliu a Charlie Haden com Carlos Paredes e Fernando Alvim (foto), passando por Marcos Resende, Pots e centenas de outros em jam’s de desbundas imparáveis de que, de certeza, guardo papeis e fotografias em algum sítio da casa. Foi dali que, noites a fio, saí para a manhã já levantada. É dali que mantenho lembranças inesquecíveis: de amigos e amigas, de músicas, de músicos, de swings, de sons, de JAZZ.
Em tempo: e daqueles que a memória não me garantiu na mistura das emoções - as voltas, mais a frio, acabam sempre por lá chegar - não quero esquecer o Zé Eduardo, músico, contrabaixista, e a primeira Escola do Hot que foi lançada quando da nossa direcção e que ele teve a enorme e bem sucedida tarefa de dirigir.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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