segunda-feira, 2 de julho de 2012

Centímetros de ais

Terminou o Euro 2012 e felizmente ganhou o futebol. É possível jogar futebol e ganhar. Ficámos todos a ganhar. E ganhou a Espanha, muito bem: joga futebol. E o futebol bem jogado é bonito e bom de ver. Parabéns!




Já publiquei este desenho a-propósito de um outro

qualquer tempo de ais e quases... mas o hábito não muda


Agora verdadeiramente insuportável é este permanente queixume de ais e quases.

Foi quase, ai que foi só por um bocadinho. Um bocado em diminuitivo que é mais barato para lembrar O'Neill. Que foi por centímetros, que foi por isto e aquilo num queixume que apenas pretende impedir - haverá outra razão? - anotar erros e aprender com eles.

Quantos desportos existem em que a diferença entre a vitória e a derrota se cifra em centímetros, décimos de segundos, num ápice? quantos centímetros vale a vitória ou a derrota num campeonato de golfe? quantos aspectos tem de analisar um tenista para tomar uma decisão e bater na bola para devolver? e um defensor no vólei? e um guarda-redes no andebol? Quantos de nós - sem queixumes de ais ou quases - perdemos jogos por um nada? Que diabo, é de jogos desportivos que falámos!

E que tal se nos deixássemos de lamúrias. Perdemos com a Espanha porque eles marcaram mais penaltis do que nós, ponto! E não vale a pena continuar com a missa de cantoria geral - o resultado não volta atrás e a única coisa em que vale a pena reflectir é nos erros ou incapacidades demonstradas - para que não se voltem a repetir, para quer se possa fazer juz a um preceito dos campeões: cometem sempre erros mas nunca os mesmos.

Depois dos jogos realizados só isto conta. Reconhecer os erros, analisá-los, tratá-los e ultrapassá-los. Para que os próximos jogos sejam melhores. O resto é choradeira sobre o que já está molhado.

Arquivo do blogue

Seguidores