Já publiquei este desenho a-propósito de um outro qualquer tempo de ais e quases... mas o hábito não muda |
Agora verdadeiramente insuportável é este permanente queixume de ais e quases.
Foi quase, ai que foi só por um bocadinho. Um bocado em diminuitivo que é mais barato para lembrar O'Neill. Que foi por centímetros, que foi por isto e aquilo num queixume que apenas pretende impedir - haverá outra razão? - anotar erros e aprender com eles.
Quantos desportos existem em que a diferença entre a vitória e a derrota se cifra em centímetros, décimos de segundos, num ápice? quantos centímetros vale a vitória ou a derrota num campeonato de golfe? quantos aspectos tem de analisar um tenista para tomar uma decisão e bater na bola para devolver? e um defensor no vólei? e um guarda-redes no andebol? Quantos de nós - sem queixumes de ais ou quases - perdemos jogos por um nada? Que diabo, é de jogos desportivos que falámos!
E que tal se nos deixássemos de lamúrias. Perdemos com a Espanha porque eles marcaram mais penaltis do que nós, ponto! E não vale a pena continuar com a missa de cantoria geral - o resultado não volta atrás e a única coisa em que vale a pena reflectir é nos erros ou incapacidades demonstradas - para que não se voltem a repetir, para quer se possa fazer juz a um preceito dos campeões: cometem sempre erros mas nunca os mesmos.
Depois dos jogos realizados só isto conta. Reconhecer os erros, analisá-los, tratá-los e ultrapassá-los. Para que os próximos jogos sejam melhores. O resto é choradeira sobre o que já está molhado.