quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nomes no Metro


Lisboa, Metro Aeroporto, Carlos Lopes por António
foto de iPhone

Foi dado a um historiador - tido como o mais ilustre historiador desportivo britânico - a tarefa de nomear os 361 heróis olímpicos que ir iam dar o seu nome às estações de metro londrinas durante os Jogos London 2012. O senhor escolheu os nomes, terá tido (diz-se) um ou outro esquecimento de palmatória e não viu lugar para qualquer atleta português. O que, desde logo, fez levantar atentas vozes da indignação patrioteira contra a ofensa.

Bem vistas as coisas, com as nossas 22 medalhas olímpicas - os USA ganharam, desde sempre, 2297 medalhas, a já inexistente URSS conquistou 1010 medalhas, o resultado somado das Alemanhas atinge 1360, a Grã-Bretanha soma 715, a China 385, a Itália 522, a Espanha tem 113 e a Holanda 246 - dificilmente caberíamos com algum nome na lista dos maiores de sempre.

Os duplamente medalhados Carlos Lopes, Rosa Mota ou Fernanda Ribeiro são as nossas jóias da coroa. Nossas porque consideramos que fizeram grandes feitos desportivos - e fizeram! - e que nos deram alegrias inesquecíveis, mas não o são necessariamente para outros, embora saibamos o respeito que o mundo desportivo tem por eles. Mas isso não altera a dimensão das nossas capacidades desportivas. Que é, como bem sabemos, reduzida. A tal ponto que os feitos da Rosa Mota e da Fernanda Ribeiro não foram considerados suficientes para as ver ombrear com Carlos Lopes na nova estação de Metro junto ao Aeroporto de Lisboa.

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