terça-feira, 9 de julho de 2013

Decência

Leio numa edição do jornal Público e junto aos qualificados de recortes da gaveta que o senhor Ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, com certeza com a pomposidade requerida na circunstância do cenário do Poder, declarou, para que, boquiabertos e reconhecidos perante quem sabe, o seguissemos: "O que se exige é responsabilidade para preservação e defesa da estabilidade política."

Acontece, Excelência, que não é nada disso que precisamos, queremos ou exigimos. Saiba Sua Excelência que aquilo que precisamos se diz decência. O que exigimos é DECÊNCIA! Decência apenas, sem palavras de libra, sem efeitos para a plateia. Sem disfarces grandiloquentes. O que exigimos dos políticos não é a responsabilidade pela segurança da sua estabilidade é a responsabilidade empenhada na resolução séria, adequada e eficiente dos problemas que dizem respeito à totalidade dos portugueses de uma forma equitativa, equilibrada e socialmente justa. Como manda a responsabilidade de prestação de serviço público!

Excelência: a estabilidade política é óptima para quem tem - assim, no mínimo, mantém. Mas não para quem viu a sua qualidade de vida e as suas perspectivas de um futuro aceitável desaparecerem. 

Excelência: eleições, numa democracia, não são factor de instabilidade: são eleições!

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