"Coxo?! O Plano A?" interrogou-se quando o espelho lhe chamou a atenção num prolongado psssst. Se o B trata, com o tempo necessário a lição de cura, de despachá-los para eleições, de os colocar a prazo e que se desenrasquem, o que faltará para que o Plano A seja um sucesso, perguntou-se então: "Entalar o PS? Mas não tenho feito outra coisa com a mãozinha que tenho dado ao Governo e os discursos em que lhes arreio forte e feio...que poderei fazer mais?"
Como é sabido, passeios de corredor são sempre bons conselheiros. Rodou, fez a esquina e ouviu-se: "Vou entalá-los...vou exigir-lhes a participação na solução, exigir-lhes um compromisso com os outros... e deixar o resto da esquerda de fora. Para os entalar mais... vão ver os apoiantes a pirarem. Vão ficar à rasca, não vão conseguir explicar aos eleitores porque não participam. Vão perder o pio. E no fim vão ter que ir a eleições..." elaborou quase a rir.
"Estão feitos! Todos!" e até uma gargalhada caiu no reposteiro de disfarce da porta, "Os três nunca mais se vão entender, não vai haver compromisso nenhum, não haverá acordo e eu vou criar um governo de minha incidência que governará acima desta maltosa e que me tratará com o respeito devido. E terá o apoio da troika que me verá como grande salvador dos interesses dos credores e com o apoio dos portugueses que me julgarão o metedor-na-ordem-mor dos líderes dos partidos."
"Sou genialmente o salvador, vou subir na popularidade, vou ficar em grande. Em palmas!"