Todo o país está melhor e a caminho do céu, dizem. E a pergunta a fazer irrita-me na pacatez dos distraídos: á custa de quê? à custa de quem? De que fome, de que medo, de que instabilidade, de que fugas? De que futuro? De que desespero?
E é um dar vivas a isto e áquilo, num vivó frenético como se tivessem decidido, em escolha responsável, fazer o que, em quarenta-e-cinco-graus-e-arrecuas, aceitaram imposto. Como se os amigos a quem servem tivessem, alguma vez, sugerido mais do que uma porta aberta. Ou se tivessem esquecido de dar ordens. Escolhemos a saída limpa! Façam-me um favor, sejam decentes.
Valeu, neste despejar da sebenta da cadeira, que o representante do Partido Socialista foi capaz - fico satisfeito por isso - de desmascarar as gloriosas obras, os notáveis indicadores, dos novos salvadores da Pátria, reduzindo-as à dimensão de péssima governação.
E o constitucionalista presente tem toda a razão: o que fizeram, o que o governo nos preparou, não passa de levar um enxerto de porrada mais ligeiro do que o último - estão a ver? foi melhor. Mas é enxerto de porrada à mesma!