Mas depois a consistência alemã tomou conta do relvado e o oxigénio começou a subir mais devagar tornando os erros suecos numa permanência. O costume, já se vê.
Mas foi um óptimo jogo de futebol, com muita lealdade e muita geometria - uma vantagem que parece ter o futebol feminino sobre o actual masculino com excepção do Barcelona dos grandes momentos. E o ambiente do Restelo foi suficientemente caloroso.
E é claro que as entradas e o acesso aos lugares se fizeram no pólo oposto da final da Taça de domingo passado: tranquilamente e sem quaisquer receios. Como é mais agradável e mais seguro.
O problema foi no final do jogo: no que julgo ter sido uma simpatia da UEFA, após o jogo iniciou-se um concerto - ao que suponho a entrada terá passado a ser livre - que permitiu (e pediu!) que as pessoas fossem, atravessando a pista de atletismo - cujos problemas de construção e manutenção conheci bem - para o relvado. Relvado que pareceu em bom estado durante o jogo.
E uma de duas: ou o relvado já estava programado para ser substituído e pouca importa o que lhe possa acontecer provocado pelo amontoado de pessoas e a pista, que não teve quaisquer defesas para ser atravessada por milhares de pessoas - sujeita a diversas agressões nomeadamente ao punçonamento dos saltos dos sapatos de senhoras - já não tem qualquer qualidade para o treino e provas de atletismo ou, tudo isto, não é mais do que um puro desperdício.
E o desperdício incomoda-me. Principalmente porque a tendência para o resolver passa, como sempre, pelos dinheiros públicos, isto é, pelo dinheiro dos nossos impostos, descontos e similares.