quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Nuno Teotónio Pereira


Foto: CM Lisboa
A Ordem dos Arquitectos homenageia hoje Nuno Teotónio Pereira que, para os arquitectos da minha geração (e suponho que não só), representou sempre um exemplo da ética da prática profissional e da cidadania. No desenho da sua obra aprendemos a essência da Arquitectura: humanismo e serviço numa sempre interessante e marcante presença urbana.
O Franjinhas - prémio Valmor 1971 que projectou com João Braula Reis e aqui representado - foi motivo de acesa polémica ao aparecer nos "Mamarrachos" do Diário Popular. Perdeu o jornal que desapareceu e ganhou o edifício que hoje ainda continua a coar a luz da cidade através dos elementos exteriores - a imagem de marca - que, no aquiali que definem, abrem perspectivas insólitas, alterando as vistas a cada movimento e subvertendo o costume num diferente acesso à quarta dimensão. O desenho da esquina, deixando uma rua deslizar na outra, continua, quase quarenta anos depois, a marcar o cruzamento da Braancamp onde existe.

Mais do que merecida, a homenagem é devida.

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