A propósito do Algarve não poder ficar de fora do eventual Mundial de futebol, leio em A Bola o dizer do sr. Presidente da Associação de Futebol da região a propósito do Estádio do Algarve terminado em 2004:«As obras terão de ser efectivadas com ou sem Mundial, pois o prazo de validade das bancadas dos topos, amovíveis, deve estar a expirar. Por isso, era importante aproveitar esta organização para remodelar o complexo, colocando bancadas definitivas.»
Como disse?! Bancadas definitivas?! Para quem, para quê e pagas por quem? Se pela Associação de futebol a que preside, ainda vá – o custo do disparate ficaria circunscrito aos seus responsáveis. Mas não evitaria o desperdício…
A mais-valia do Estádio do Algarve encontra-se precisamente na colocação de bancadas amovíveis com o que foi possível transformar a obrigatoriedade dos 30.000 lugares do EURO 2004 numa lotação fixa de 18.000 lugares, aproximando assim a capacidade do estádio -embora ainda em demasia - do possível para a região e para os seus espectáculos desportivos permanentes.
As bancadas de topo não se fizeram para a eternidade – fizeram-se para deixarem de lá estar e para diminuir os custos de manutenção, uma vez que já permitiram, a seu tempo, diminuir os custos de construção.
Curiosa inversão: sobre a adequação procurada quer-se agora a ampliação do elefante. Como se algo tivesse mudado. E logo atrás, aposto, virá choradinho…em nome de um qualquer interesse nacional. Como de costume.
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