terça-feira, 4 de janeiro de 2011

As Leis Fundamentais da Estupidez Humana

As Leis Fundamentais da Estupidez Humana” foram escritas, num ensaio com o mesmo nome, pelo italiano – historiador económico e professor universitário - Carlo M. Cipolla (1922-2000). De acordo com o autor, são cinco:

Primeira Lei Fundamental:
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos em circulação.

Segunda Lei Fundamental:
A probabilidade de que certa pessoa seja estúpida é independente de qualquer outra característica da mesma pessoa.

Terceira Lei Fundamental (Regra de Ouro):
Uma pessoa estúpida é aquela que causa um dano a outra pessoa ou grupo de pessoas, sem retirar qualquer vantagem para si, podendo até sofrer um prejuízo com isso.

Quarta Lei Fundamental:
As pessoas não estúpidas desvalorizam sempre o potencial nocivo das pessoas estúpidas. Em particular, os não estúpidos esquecem-se constantemente de que, em qualquer momento e lugar, e em quaisquer circunstâncias, tratar ou associar-se com indivíduos estúpidos traz infalivelmente consequências que se pagam muito caro.

Quinta Lei Fundamental:
O estúpido é o tipo de pessoa mais perigoso que existe.
Corolário: O estúpido é mais perigoso que o bandido.

Do estudo se conclui que, pelo facto das pessoas estúpidos causarem prejuízos a outras pessoas sem obterem quaisquer vantagens para si próprias toda a sociedade empobrece. E também se infere – de acordo com o autor, pela aplicação das Leis Fundamentais e da análise de casos históricos da idade clássica, medieval, moderna ou contemporânea - que numa sociedade em declínio, embora com idêntica percentagem de pessoas estúpidas de uma sociedade em ascensão, se nota “especialmente entre os indivíduos que se encontram no poder, uma alarmante proliferação de bandidos com uma alta percentagem de estupidez e, entre os que não estão no poder, um aumento igualmente alarmante do número de ingénuos. Uma tal mudança na composição da população dos não estúpidos reforça inevitavelmente o poder destrutivo da fracção dos estúpidos e leva o País à ruína.”.

No quadro seguinte – adaptação minha das propostas de Cipolla – podemos avaliar e enquadrar as pessoas ou grupos que lançam as acções que nos rodeiam. Classificando-as.

Ingénuo é aquele que, ao realizar uma acção, possibilita ganhos a outros e se prejudica a si próprio.
Estúpido, como se viu na Regra de Ouro, é aquele que, causando danos a outros, não retira
qualquer vantagem para si - podendo até prejudicar-se e mostrar-se Superestúpido.
Bandido é aquele que, procurando benefícios próprios, prejudica sempre os outros.
Quando acrescenta um "mais" igual ao "menos" que retirou da sua vítima,
trata-se de um Bandido Perfeito.
Inteligente é aquele cujas acções permitem que ambas as partes ganhem. 

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