Herzog na Aula Magna (foto telemóvel) |
Interessante por alguns conceitos desenvolvidos e por algumas obras mostradas. Pela possibilidade de percepção visual do método e procedimentos utilizados no desenvolvimento dos projectos. E também pela insistência no conceito, resultante da sua base ideológica democrática, da necessidade de compreensão da mentalidade dos diversos e diferentes habitantes e do seu interesse em espaços públicos e abertos que garantam a possibilidade do encontro.
Considerando a Arquitectura Portuguesa – sem simpatia, frisou – como de grande qualidade afirmou ainda e em relação á apreciação da qualidade arquitectónica que “não é possível fazer batota na arquitectura. A arquitectura continua a ser uma actividade muito honesta, mesmo vivendo nós no século XXI.”
O que, para profissionais do ofício, é agradável de ouvir. Mesmo se é o corporativismo profissional a deixar-se embalar. Porque, como diz uma amiga minha, mais importante é que seja na vida. Porque, direi eu, na arquitectura como na vida, não falta batota e jogo de interesses. Mas é bom que se pense e se transmita que pode (deve) haver uma perspectiva de honestidade na expressão profissional de que fazemos parte. É bom que alguém lembre que há princípios e valores. Herzog lembrou.
S. Paulo - Complexo Cultural da Luz (inserção urbana simulada) |
S.Paulo - Complexo Cultural da Luz, maqueta (foto telemóvel) |