A última edição americana do excelente Huckleberry Finn de Mark Twain, numa condenável manifestação de censura, substitui, por 219 vezes, a palavra nigger – racista, ofensiva e depreciativa - pela mais suave e reconhecida slave. Assim, ao que justificam, o livro poderá escapar à prevenção escolar – essa forma moralista de também censura.
A atitude de substituição é estúpida, as razões da sua substituição são estúpidas mas o resultado tende à vigarice – retira-se o benefício de saber como se enquadravam os negros no sul americano mas vende-se mais. Cipolla tem sempre os quadrantes cheios…